Embora namorem há cerca de sete meses, Miguel Sousa Tavares, de 60 anos, e Teresa

Caeiro, de 41, nunca assumiram a relação. Porém, a deputada do CDS-PP fez questão de estar presente no lançamento do mais recente livro do escritor e os dois não esconderam a cumplicidade que os une. Numa noite muito especial, em que Miguel Sousa Tavares apresentou um trabalho feito com o seu filho mais novo, Martim, de 19 anos, Teresa Caeiro mostrou estar completamente integrada na família do autor, mantendo uma ótima relação com os seus três fi lhos.

«A ideia deste livro nasceu quando nasceu a ideia desta viagem. Foi no dia 7 de abril do ano passado. Oito dias antes, eu tinha sido operado a um tumor na cara. Não se sabia se era benigno ou maligno, e não se sabia como iria correr a operação - havia 50% de hipóteses de ficar com metade da cara paralisada. Nesse dia 7 de abril, soube que o tumor era benigno, que a cirurgia estava a cicatrizar bem e que nenhum músculo tinha ficado paralisado. Tinha a minha vida de volta, inteira», recordou Sousa Tavares ao explicar a ideia deste novo livro, «Ukuhamba», que significa «viagem» em zulu.

Para celebrar esta espécie de vitória na sua vida, o escritor decidiu levar o seu filho, Martim, numa viagem única a África. Dessa experiência partilhada entre pai e filho nasceu este novo livro, cujas fotografias são da autoria de Martim Sousa Tavares.

«Eu sou um fotógrafo amador, diletante, sem uma perspetiva de me tornar profissional. Mas esta viagem a África foi muito especial, embora aquele continente não seja para mim aquilo que é para o meu pai. Mas fiquei com vontade de lá voltar», afirmou o estudante de Ciências Musicais.

Embora a humildade seja uma das suas principais características, o talento de Martim foi sobejamente reconhecido e apreciado por todos os presentes na discoteca Lux.

«O Martim é sempre uma revelação boa em tudo o que faz. Põe muito do que é, da inteligência que tem e da alma que tem naquilo que faz», sublinhou a irmã, Rita Sousa Tavares.

De acordo com Miguel Sousa Tavares, este retorno a África confirmou-se numa «viagem de resgate, de ação de graças, assim como outros teriam antes ido a Fátima ou a Meca».

Com um significado tão simbólico, a presença de Martim tornou o resultado desta viagem ainda mais peculiar.

«Esta é uma noite especialíssima e com uma intimidade muito própria. É uma emoção muito partilhada. Tenho imenso orgulho do meu filho», confirmou Laurinda Alves, mãe de Martim.