Na grelha de programação da TVI24 desde outubro do ano passado, “SOS 24” é um programa informativo diário, que analisa casos nacionais e internacionais nas áreas do socorro, da segurança, da justiça e do apoio social.
É de manhã que começa o trabalho da “pequena, mas brutalmente funcional equipa”, como descreve Miguel Fernandes, jornalista e pivot do programa. É com os jornalistas Bruno Caetano, Carolina Resende de Matos e Daniela Rodrigues que reúne para decidir quais os temas que vão ser abordados no programa do dia. A meio da tarde é tempo de fazer o alinhamento, de ordenar os conteúdos que vão fazer parte do programa.
“Às 17h, eu já sei se vão estar prontos, seja porque as delegações os vão enviar, ou porque a nossa equipa do ‘SOS 24’ os consegue produzir.” Depois de concluído o alinhamento, Miguel passa pela maquilhagem e pelo guarda-roupa, antes de ir para estúdio. Para o jornalista, o período entre a caracterização e o final do programa é o mais fácil. “Estou em estúdio a lançar temas e a conversar com pessoas que têm capacidade para aprofundar os assuntos em causa e explicar às pessoas, de forma pedagógica, o que estamos a analisar.”
Em estúdio, além de Miguel estão dois operadores de câmara e um assistente, e na régie está a restante equipa técnica, como é o caso do realizador, que coordena a emissão.
A parte visível do “SOS 24” é entre as 20h e as 21h, mas o trabalho não termina a essa hora. Além de produzir diariamente o programa, transmitido em direto, a equipa do “SOS 24” acompanha, no terreno, o trabalho de várias forças de segurança e socorro, para produzir as reportagens em contexto de ação real. Um trabalho desafiante para qualquer jornalista, mas também perigoso.
A equipa tem consciência dos riscos que corre, mas diz que vale a pena. “Já fomos agredidos, já ficámos feridos e já tivemos acidentes. Mas a verdade é que esta forma de fazer jornalismo é motivante. Dificilmente conseguimos condicionar conteúdos, porque as coisas estão a acontecer ali. É um trabalho transparente, de autenticidade, e é também pedagógico, na medida em que os espetadores ficam a saber como é que os bombeiros, o INEM e as forças policiais atuam quando são notificados de alguma ocorrência.”