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D. Dolores fala sobre AVC sofrido há um ano: 'vi a minha vida quase a fugir-me entre os dedos'
Dolores Aveiro
Redação Lux em 3 de Março de 2021 às 16:53

Faz hoje um ano que a mãe de Cristiano Ronaldo sofreu um acidente vascular cerebral isquémico e esteve mais de duas semanas internada.

D. Dolores resolveu abrir o coração e partilhar um pouco mais da sua história de superação. "Nunca falei abertamente sobre o que aconteceu na verdade", diz a matriarca assumindo que viu a vida "fugir-lhe entre os dedos". Dolores Aveiro evidencia que a sua recuperação a 100% leva muitas pessoas a pensarem que nada aconteceu e partilha ainda uma foto tirada 12 dias depois. "Já com melhor aspeto", nota.

"Faz hoje um ano que vi a Minha vida quase a fugir-me entre os dedos,e afortunadamente eu consegui agarrar-me a uma luz,luz essa que me puxava para cima,uma luz que teimosamente insistia que aquele era só mais um obstáculo a ser ultrapassado e mais uma história de superação para contar da minha vida.

Mais uma entre tantas ...

Nunca falei abertamente sobre o que aconteceu na verdade,só porque recuperei a quase 100% as pessoas acham que nada aconteceu ou que,foi pequeno o susto que eu dei aos meus filhos e a quem me ama de verdade,nunca fui de me vitimar,falo nas minhas histórias de superação com orgulho e não para que sintam pena de mim,sei que tem milhões de histórias iguais ou piores que a minhas,mas cada um sabe da sua dor,não é verdade?"


"Eu fiquei na cama de um hospital ligada a dezenas de fios e entubada,as horas seguintes ao AVC foram de tortura para os meus,eles não sabiam como eu iria acordar eles não sabiam como seriam os danos,eles estavam com medo,de me perder para uma cama de hospital,invalida sem os reconhecer e com muitas limitações (típico do que me aconteceu ) nunca foi contado em público a gravidade da minha situação naquele momento,meus filhos viram preocupação na cara da equipa médica,eles ficaram sem chão muitas horas e dias,o que passou para fora foi só a superação foi assim que eu os criei,de se agarrarem aos poucos que a vida lhes estava a dar,e falar nisso como uma coisa positiva,e eles se agarraram ao meu respirar e à minha pulsação e ficaram na fé que eu ia acordar sem sequelas no cérebro e no corpo,acordei algumas horas depois,sem saber o que me aconteceu muito bem,olhei em frente e vi meus filhos em volta da minha cama,eu rodeada de máquinas e sem conseguir me mexer,só me lembro de ver as lágrimas do meu neto ( aqueles olhinhos vivos me olhavam com tanto amor) e aí eu gritei ,gritei de confusão na minha cabeça,gritei, chorei muito,(foi forte a emoção naquele momento,não teve ninguém naquele lugar que não se emocionou )naquele momento eu pensei que estava quase no fim,horas antes eu tinha ido para a minha cama,dois dos meus filhos moram fora da minha terra,dois deles perto de mim e quando abri os olhos eles os 4 estavam diante de mim,aos meus pés"

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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