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Saúde: Refluxo Gastroesofágico é a doença mais comum do sistema digestivo alto
Você na TV: Refluxo gástrico
Redação Lux em 4 de Junho de 2016 às 13:02

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é a patologia crónica mais frequente do sistema digestivo alto. A prevalência desta doença é de cerca de 10 a 20% da população nos países ocidentais, com uma expressiva interferência na qualidade de vida dos doentes.

O aumento de número de casos com DRGE, o largo espectro da sua expressão clínica, o interesse da avaliação funcional, as novas terapêuticas e a necessidade de abordagem multidisciplinar foram os principais tópicos apresentados pelo gastrenterologista Luís Novais, num mini curso dedicado às práticas de procedimento em caso de refluxo refratário, na Semana Digestiva 2016, no Palácio de Congressos do Algarve.

“O número de casos com DRGE tem vindo a aumentar, nas últimas décadas devido á alteração dos hábitos alimentares, ao aumento da incidência da obesidade, ao excesso de consumo de bebidas alcoólicas e ao tabaco ”, afirmou Luís Novais.

“Rouquidão, pigarro, dor na garganta, tosse crónica, dor no peito, falta de ar ou alterações no esmalte dos dentes, podem ser sintomas desta doença”, e a avaliação médica multidisciplinar por profissionais de diferentes especialidades é da maior interesse e relevância.

 “A introdução dos inibidores da bomba de protões (IBP) revolucionou a abordagem à DRGE, quer no tratamento dos sintomas típicos, quer na cicatrização da esofagite. “Contudo, em cerca de 10 a 40% dos doentes a sintomatologia persiste, tornando-se a ineficácia destes fármacos um problema clínico atual, a denominada DRGE refratária.”, alertou o especialista.

Para o gastrenterologista, a DRGE que não responde ao tratamento médico adequado e às medidas de alteração dos hábitos alimentares e de vida, “a investigação detalhada dos sintomas do doente e a avaliação diagnóstica são essenciais para clarificar a origem dos sintomas refratários como a toma inadequada ou insuficiente de IBPs, o refluxo ácido persistente, o refluxo não ácido, a bolsa de ácido, a sintomatologia não relacionada com RGE e a hipersensibilidade esofágica”.

No que respeita ao diagnóstico “os recentes exames utilizados para confirmar a doença e a razão da não resposta adequada ao tratamento, estão disponíveis em Portugal, são de fácil execução e bem tolerados pelo doente, ”, acrescentou o responsável do Laboratório de Neurogastrenterologia e Motilidade Digestiva (CEDE) da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa.

“As novas abordagens terapêuticas incluem o aumento do efeito anti-secretor dos IBP com novos enantiómeros, combinações de IBPs ou com outros fármacos, novos procinéticos, protetores da mucosa, controle da bolsa de ácido e fármacos direcionados para a sensibilidade esofágica”, foram comentados pelo Professor Luís Novais em relação às novas terapêuticas da DRGE.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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