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Saúde: Conselhos para prevenir o cancro de pele este verão
Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA para Espanha e Portugal Foto: DR
Redação Lux em 7 de Julho de 2018 às 09:00

Conselhos para prevenir o cancro de pele este verão

Chega o verão e com ele o tempo de praia, de piscina e de a nossa pele passar muitas horas exposta ao sol. Uma prática que alguns adotam como um costume diário para obter o tão esperado bronzeado que as modas impuseram. Contudo, além de mudar a nossa aparência, esta exposição pode ter piores consequências, já que os raios ultravioletas (UVA e UVB) não são apenas responsáveis pelo nosso bronzeado, mas também podem levar a alterações celulares que predispõem ao cancro.

Na pele, esse tipo de radiação pode produzir mutações no material genético das células que a compõem, originando, por exemplo, um melanoma ou carcinoma cutâneo, dois dos casos mais comuns nesse ramo oncológico. É por isso que é fundamental nos protegermos e nos expormos o mínimo possível aos raios diretos do sol, especialmente entre as 10:00 e as 16:00, o horário mais prejudicial e com a maior carga de radiação ultravioleta.

Na pele normal, é aconselhável acostumar gradualmente a nossa derme ao sol, aumentando essa exposição em 10 minutos por dia, e sempre usando protetor solar, quanto maior o fator de proteção melhor, especialmente em crianças e pessoas com saúde delicada e pele sensível. Deve ser aplicado meia hora antes de começar a exposição ao sol e repetir o processo frequentemente, especialmente após o banho.

Também é aconselhável usar acessórios de proteção: chapéus e bonés para a cabeça; óculos de sol para o contorno sensível dos olhos; e roupas leves que impedem a receção direta de radiação prejudicial. Por outro lado, é aconselhável fazer uma dieta adequada para ajudar a aliviar os efeitos negativos do sol: vegetais verdes e alimentos ricos em vitamina C não devem faltar na nossa dieta de verão.

Quando devo consultar um especialista?

As variedades oncológicas da pele manifestam-se de maneiras muito diversas, embora uma mancha, uma crosta espontânea, uma úlcera espontânea, ou o crescimento de pintas nos deva alertar. Os melanomas costumam apresentar lesões muito características conhecidas pela regra de A, B, C, D, E: assimetria, bordas irregulares, cor variada, diâmetro maior que seis milímetros e evolução com mudança de aparência.

Se detectarmos alguma lesão com qualquer uma dessas características é importante entrarmos em contato com nosso dermatologista o mais rápido possível, especialmente porque um diagnóstico precoce é decisivo na cura desse tipo de cancro. É importante que estejamos atentos a qualquer alteração que ocorra na nossa pele, auto-vigilância não somente controlando o tamanho dos nossos sinais usuais, mas também procurando outras irregularidades.

Por exemplo, no caso de carcinomas, geralmente aparecem manchas avermelhadas que podem sangrar; nódulos proeminentes e arredondados; e úlceras que não cicatrizam. Esta variedade de cancro de pele é geralmente uma das mais frequentes do ser humano, que normalmente aparece após os 50 anos de idade em pessoas que trabalham expostas ao sol (trabalhadores de campo, trabalhadores da construção civil, pescadores...). As lesões geralmente estão localizadas na face, pescoço e mãos.

Por outro lado, o melanoma tem uma relação enorme com esse costume que adotamos no verão de tomar banhos de sol para bronzear. As células afetadas são os melanócitos ou células produtoras de melanina, que dão à pele a sua cor. A radiação solar pode alterar o seu ADN e fazer com que as células comecem a dividir-se e a crescer descontroladamente.

Estas alterações geralmente desenvolvem-se em pessoas com pele e olhos claros que têm dificuldade em se bronzear e que sofreram queimaduras solares, especialmente na infância e adolescência. Além disso, o risco de sofrer deste tipo de cancro aumenta em idades avançadas; se houver uma história familiar desse tipo de tumor; se tiver um grande número de sinais, maior que 50; ou se tem xeroderma pigmentoso, uma doença hereditária que afeta a capacidade das células da pele de reparar os danos ao seu ADN.

Em resumo, é extremamente importante que evitemos a radiação solar sempre que pudermos e que tomemos as medidas de prevenção apropriadas, tanto para nós quanto para aqueles sob os nossos cuidados, sejam eles idosos ou pequenos. Nós jogamos a saúde da nossa pele.

Artigo da autoria de Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA para Espanha e Portugal

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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