Regressado do Brasil onde esteve a gravar algumas cenas da novela “Cacau”, da TVI, José Condessa subiu ao palco do Coliseu dos Recreios para receber o Globo de Melhor Ator na Categoria de Ficção, pelo seu papel na série “O Crime do Padre Amaro”. Um reconhecimento que acabou por ser uma surpresa: “Parece um cliché mas não acreditava que ia ganhar. Primeiro porque estava nomeado com pessoas que admiro muito e que são extraordinárias… não quer dizer que o meu trabalho também não fosse bom, mas era um feeling. O ano passado, com o ‘Hamlet’, achei que poderia ter acontecido, até tinha um discurso, e não aconteceu, por isso este ano não pensei em nada, deixei-me ir”, confessou.
Em palco, a emoção tomou conta do ator de 26 anos, que tem somado sucessos na carreira: “Começar com 5 anos, ao lado do meu pai, num teatro amador, com 20 pessoas a ver, fazer aquilo só por amor, sem nada em troca a não ser o sorriso das pessoas e conseguir, depois destes anos todos, evoluir, fazer os projetos que fiz e chegar aqui… tudo o que está a acontecer deixa-me muito emocionado e feliz”, disse.
No discurso, que veio “do coração”, José Condessa sabia a quem queria agradecer, não esqueceu os pais, os colegas, a agente, “o mestre Carlos Avillez” nem Bárbara Branco, com quem anunciou o final da relação de cinco anos, em julho: “Foram muitos anos, e acho bonito que não se passe por cima. O amor não morre, deixa só de existir, e felizmente ficámos amigos. No campo profissional existe uma admiração gigante, porque nós crescemos juntos, em teatro, televisão, no cinema e eu não me esqueço disso”.
Quanto ao Globo, o ator diz que que o vai dar à mãe para que cuide dele e afirma: “Ganhar não faz de nós melhores e perder não nos faz piores. O que me move desde os 5 anos é o amor à profissão, é para o público que faço isto, a maior responsabilidade que sinto é fazer com que as pessoas gostem do meu trabalho, e há que saber lidar com isso. Não podemos ter medo de errar, a ponto de castrar, nem o contrário e pensar ‘toda a gente gosta de mim’”.