João Moura vai ser julgado por 18 crimes de maus-tratos a animais. O toureiro vai começar a ser julgado no Tribunal de Portalegre, no próximo dia 18 de setembro, acusado da prática de 17 crimes de maus-tratos a animais de companhia e um crime de maus-tratos a animais de companhia agravado.
O Ministério Público requereu ainda uma pena acessória de privação do direito de detenção de animais de companhia pelo período de cinco anos.
Os factos da acusação remontam a dezembro de 2019/fevereiro de 2020, altura em que João Moura terá mantid dezoito canídeos de raça galgo, na Quinta de Santo António, sita em Monforte privados de "acesso a água e alimento em quantidade suficiente, de alojamento limpo, de quaisquer cuidados de saúde e de higiene, de vacinação e tratamentos de desparasitação, e em consequência, manteve os animais em situação de desconforto permanente, sede, fome e sofrimento”, segundo consta da acusação.
A 19 de Fevereiro de 2020,os cães foram retirados ao dono. Os animais “foram recolhidos pela Câmara Municipal de Monforte, para receberem cuidados veterinários” e João Moura foi “detido, constituído arguido e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Portalegre”, segundo o comunicado do MP à data.
Ao blog Farpas, o cavaleiro, a quem na altura foi aplicado o termo de identidade e residência, desvalorizou a situação e afirmou que “tinha lá uns cães mais magros e alguém denunciou isso, mais nada”.
De “consciência tranquila”, João Moura acrescentou: Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães, alguns estavam magros, mas não os tratei mal”.