João Soares, viúvo de Maria João Abreu, expressou num emotivo texto como é viver sem a sua amada.
Maria João Abreu morreu no dia 13 de maio, aos 57 anos, após sofrer dois aneurismas.
Viver sem a João...
Viver sem a João é sobreviver. É viver pela metade. Pela metade menor, porque a metade da João era a metade maior. Contradição matemática, eu sei, mas vida tem destas coisas... Coisas que não se explicam. Coisas que se sentem...
Viver sem a João não é passar de plural a singular, não... É passar de um, a uma parte dele. Porque nós éramos um. Uma entidade, uma alma, um
modo de vida. Uma Vida. Éramos “Os Joões”. Somos “Os Joões” que agora passam a ser algo menor, porque a maior parte está na parte que seguiu noutra viagem. Está na parte da minha João. Está na parte que partiu.
Os Joões agora, sou eu. Sem ela. Por ela. Pelo que ela me imprimiu. Pelo que ela é para mim. Pelo interminável e incondicional amor que lhe tenho.
Ela disse “Amem-se. E vivam como se fosse o último dia. E amanhã logo se vê.”
E assim farei. É tudo o que posso fazer. É apenas o que posso fazer.
A João era a minha vida.
Foi.
É.E sempre será.