O debate em Hollywood sobre a atriz criada por inteligência artificial, Tilly Norwood, tem gerado controvérsia entre profissionais da indústria cinematográfica. Embora Norwood ainda não tenha atuado em filmes tradicionais, a sua criação e a possibilidade de agências de talentos representá-la têm suscitado preocupações sobre o impacto da IA no mercado de trabalho artístico.
Até agora, Tilly só participou no sketch de comédia AI Commissioner — mas o receio é que, com a sua popularidade crescente e o interesse de agências de talentos, produtores possam vir a escolher atores gerados por IA em vez de humanos para determinados projetos, especialmente em produções de animação, efeitos visuais ou pequenos papéis digitais.
A atriz Emily Blunt expressou preocupação, descrevendo Norwood como "realmente assustadora" e alertando as agências de talentos a não apoiarem esse tipo de inovação. Whoopi Goldberg, moderadora do programa "The View", também criticou a ideia de substituir atores humanos por IA, destacando a falta de conexão emocional que a tecnologia não consegue replicar.
Outros profissionais, como Melissa Barrera e Simu Liu, manifestaram descontentamento nas redes sociais, questionando a ética de utilizar IA para representar personagens humanos.
“Roubaram os rostos de centenas de jovens mulheres para criar esta ‘atriz’ de IA. Não são criadoras. São ladrões de identidade”, disse a atriz do filme “Matilda”, Mara Wilson, nas redes sociais.
Lukas Gage, ator de The White Lotus, comentou sarcasticamente que trabalhar com Tilly seria “um pesadelo”, mencionando problemas de posicionamento no set e atrasos, num contexto mais humorístico/irónico.
Por outro lado, Eline Van der Velden, criadora de Tilly Norwood, defende sua criação como uma forma de expressão artística, comparando-a a inovações como animação ou CGI. Ela enfatiza que Norwood não visa substituir atores humanos, mas sim explorar novas possibilidades narrativas. Hollywood Reporter
A preocupação central reside no potencial da IA para substituir atores humanos em papéis secundários ou digitais, oferecendo vantagens como custos reduzidos e ausência de exigências trabalhistas. Isso levanta questões sobre a preservação de empregos e a autenticidade nas performances cinematográficas.







