Melinda French Gates falou sobre o seu divórcio do cofundador da Microsoft, Bill Gates, em entrevista à People.

Questionada sobre como lidou com as "traições" no seu casamento, uma palavra que usa no seu novo livro The Next Day (a ser lançado a 15 de abril), a filantropa faz uma longa pausa e responde: “Temos sempre de ser fiéis a nós próprios, certo?”

Essa é uma das muitas lições que partilha em The Next Day, uma combinação de memórias e reflexões, embora Melinda frise que “não está a tentar dar conselhos a ninguém.”

O fim do seu casamento, anunciado conjuntamente há quase quatro anos, continua a ser um tema doloroso de abordar. Ainda assim, diz à revista, "era importante para mim ser verdadeira." "Espero", acrescenta, "que possa ser útil para alguém."

Embora já houvesse "períodos difíceis" com Bill anteriormente, Melinda escreve no seu livro que, no final de 2019, começou a ter pesadelos recorrentes com uma casa linda a desmoronar-se à sua volta  e depois acordava em pânico, noite após noite. 

“Bill reconheceu publicamente que nem sempre me foi fiel”, escreve Melinda, referindo-se ainda a um artigo “profundamente perturbador” publicado nesse outono, numa altura em que aumentavam os relatos sobre os encontros passados de Bill com o agressor sexual e financeiro Jeffrey Epstein.

Bill Gates já admitiu que esses encontros foram um erro e afirmou recentemente que foi "imprudente ao passar tempo" com Epstein, garantindo que apenas procurava apoio para causas de caridade.

Melinda escreve que, eventualmente, os seus sonhos evoluíram para uma visão onde ela, Bill e os três filhos estavam à beira de um precipício e ela “caía no vazio.” “Por mais dramático que pareça”, escreveu, “soube, naquele momento, que teria de tomar uma decisão — e que teria de tomá-la sozinha.”