Desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro, Olena e Volodymyr Zelensky separaram-se por questões de segurança. A primeira-dama ucraniana tem estado em parte incerta com os dois filhos do casal, Oleksandra, de 17 anos, e Kyrylo, de 9, enquanto o presidente gere o conflito a partir do seu ‘quartel-general’ em Kiev. E foi na capital do país que o casal se reencontrou para uma rara entrevista, um convite do canal de televisão ucraniano Rada.
“A nossa família, tal como todas as famílias ucranianas, está separada”, disse Olena. “Estivemos dois meses e meio sem nos vermos, só falávamos ao telefone. Agora, tivemos várias oportunidades para nos encontrarmos, e estou-vos grata, porque estamos a passar algum tempo juntos. Um encontro na TV”, brincou a primeira-dama, que respondeu determinada. “Ninguém me tira o meu marido, nem mesmo a guerra.”
Sobre o primeiro dia da invasão, Olena Zelenska recorda que, depois de ouvir “barulhos estranhos” no exterior da residência presidencial, onde estava com a família, sentiu “ansiedade e torpor” quando o marido lhe disse: “Começou.”
Passados três meses, e perante o desastre humanitário que a guerra já provocou, a mulher do presidente da Ucrânia, que tem chamado a atenção do mundo para as trágicas consequências dos conflitos, só tem um desejo. “Percebemos de imediato que a vida tinha mudado para sempre. Agora, vivo para o momento em que ele finalmente disser: ‘Acabou.’”