A nova biografia "Clint: The Man and The Movies", de Shawn Levy, revela em detalhe a vida pessoal e amorosa de Clint Eastwood, destacando os seus inúmeros casos extraconjugais ao longo de décadas. O próprio Eastwood admite que essas relações se tornaram “viciantes… como ter de fumar outro cigarro”.
Durante o seu longo casamento com Maggie Johnson (1953–1984), o realizador viveu como se fosse solteiro. “Uma coisa que a Mag teve de aprender sobre mim foi que eu ia fazer o que me apetecesse”, disse em 1963, acrescentando que ela teria de aceitar isso “porque, se não aceitasse, não estaríamos casados”.
Além do casamento com Johnson, Eastwood teve relações com várias mulheres, incluindo a atriz Sondra Locke, com quem manteve um relacionamento durante 14 anos. Locke escreveu mais tarde que ele lhe disse que “já não havia uma relação verdadeira” com a mulher. A atriz alegou também ter sido pressionada por Eastwood a não ter filhos, mas ele negou essas acusações.
O livro cita ainda outras figuras que conviveram com o ator, incluindo o amigo Fritz Manes, que confessou ter mentido a Johnson sobre as traições de Eastwood, para a tranquilizar. Já Eastwood dizia sobre si próprio: “Sou independente, um vagabundo, e [a Maggie] aceita-me como sou e não me sufoca com possessividade feminina.”
A obra retrata um homem carismático, mas com um estilo de vida marcado pela infidelidade e pela rejeição das convenções, algo visível até em episódios mais provocadores — como uma noite com o músico Miles Davis, durante a qual, segundo o próprio, este lhe terá dito: “Vamos sair e arranjar umas gajas.”