Sean "Diddy" Combs permanecerá sob custódia enquanto aguarda a sentença por duas acusações de transporte de pessoas com fins de prostituição, segundo decisão do juiz federal Arun Subramanian. O artista foi absolvido das acusações mais graves de tráfico sexual e associação criminosa, mas a Justiça considerou que ele ainda representa risco à sociedade.
O magistrado recusou o pedido de liberdade sob fiança — que incluía uma proposta de pagamento de US$ 1 milhão e restrições de viagem — alegando que a defesa não conseguiu provar que Combs não oferece perigo. O juiz citou um suposto episódio de violência contra uma mulher ocorrido em junho de 2024, o mesmo período em que o artista já era investigado.
A sentença de Combs está marcada para 3 de outubro, e ele poderá apanhar até 20 anos de prisão — 10 por cada condenação. No entanto, com os 10 meses já cumpridos e baseando-se nas diretrizes legais, advogados estimam que a pena real possa ser bem inferior, possivelmente entre 21 e 27 meses.
Durante o julgamento, foram ouvidas 34 testemunhas ao longo de 29 dias, incluindo ex-namoradas do artista, como Cassie Ventura, que relatou abusos físicos e sexuais. A defesa não apresentou testemunhas e argumentou que as relações foram consensuais.
Apesar da absolvição das acusações mais pesadas, Combs ainda enfrenta diversas ações civis por má conduta sexual, que ele nega de forma consistente.