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Internacional
Com uma fortuna avaliada em 680 milhões de euros, Carlos III é duas vezes mais rico do que era Isabel II
Carlos III
Redação Lux em 5 de Maio de 2023 às 18:00

Rei há apenas sete meses mas é já mais rico do que era a mãe, a rainha Isabel II, que ocupou o trono durante 70 anos. Carlos III, de 74 anos, acumula uma fortuna pessoal estimada em cerca de 680 milhões de euros, segundo a lista elaborada pelo diário britânico Sunday Times que analisa as fortunas dos mais ricos do Reino Unido.

Na lista anterior, Isabel II, que morreu em setembro de 2022, constava com uma fortuna avaliada em cerca de 420 milhões de euros, quase metade daquilo que o filho contabiliza. Segundo um ex-secretário do atual rei, Carlos reconstruiu cuidadosamente as suas finanças após o acordo de divórcio com Diana, concluído em 1996, que lhe custou mais de 19 milhões de euros.

Enquanto herdeiro ao trono, o então príncipe tinha direito a rendas provenientes do ducado da Cornualha, que foi poupando e que lhe permitiu acumular uma fortuna considerável: “Ficou mais prudente e começou a poupar dinheiro, depois dessa aniquilação de capital com o divórcio”, afirmou o mesmo ex-secretário.

Segundo o Sunday Times, Carlos III mudou alguns hábitos e tornou-se mais poupado na hora de vestir, usando os sapatos e a roupa adquiridos há anos, o que, além da poupança, faz parte da filosofia de vida do monarca, muito empenhado nas questões ambientais e de sustentabilidade. “Sou daquelas pessoas que detesta deitar coisas fora. Prefiro conservar as peças de roupa ou sapatos e pôr remendos se for necessário”, afirmou Carlos III em entrevista à Vogue, em 2020. Faz também questão de poupar nos hábitos mais quotidianos.

Num documentário sobre o rei, o filho Harry revelou: “É inflexível com luzes acesas. Têm de se apagar e é algo com que passei também a ser obcecado”. A fortuna de Carlos III, comparando com a lista do ano passado, supera as de estrelas britânicas como Elton John ou David e Victoria Beckham. Ainda assim, o rei está entre os últimos 100 da lista. Mas para além das poupanças, a mesma fonte refere que a riqueza de Carlos III provém, sobretudo, do espírito empreendedor do monarca que, em 1990, lançou o Duchy Originals, uma empresa através da qual vende produtos biológicos da sua propriedade de Highgrove, em armazéns ou lojas como Harrods ou o Fortnum & Mason.

O rei também abraçou o setor imobiliário com o desenvolvimento sustentável da extensão urbana de Poundbury, nos arredores de Dorchester, desenvolvendo mais tarde um trabalho semelhante na Cornualha. A residência de Sandringham e o Castelo de Balmoral, na Escócia, são, segundo o Sunday Times, os ativos mais valiosos do rei. A primeira, com 81 mil metros quadrados, conta com 300 edifícios. Os produtos da horta abastecem a Apple Juice e os tours e safaris pelas suas redondezas estão disponíveis por 180 euros por pessoa. As residências eram ambas da rainha e passaram agora para Carlos III, sendo que uma vez que estes ativos passaram de soberano para soberano, o rei fica livre do pagamento de impostos.

Desconhecem-se os restantes valores que terá herdado da mãe, bem como o dinheiro e bens que herdou do pai, o duque de Edimburgo.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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