A Justiça britânica rejeitou o pedido de extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para os EUA, esta segunda-feira, dia 4 de janeiro.

O Tribunal Penal Central de Londres, ou Old Bailey, baseou a decisão na preocupação com a saúde mental. A juíza Vanessa Baraitser considerou haver “o risco elevado de que Assange se suicide caso seja extraditado” frisando contudo, que a decisão não é uma vitória para a liberdade de Imprensa, pois Assange violou a lei e “os jornalistas têm a mesma obrigação que os restantes cidadãos de obedecer à lei”.

Numa audiência esta manhã, os advogados de Assange argumentaram que ele deveria ser imediatamente libertado do HMP Belmarsh e mantido em prisão domiciliar mas a fiança da prisão de alta segurança foi negada devido ao risco de tentar fugir enquanto as autoridades americanas apresentam um novo desafio legal, o que significa que ele continuará detido lá por pelo menos duas semanas.

Assange foi detido em 2019, depois de ser expulso da embaixada do Equador em Londres, onde esteve refugiado desde 2012.