Na estreia do documentário Billy Joel: And So It Goes, exibido a 4 de junho no Festival de Tribeca, o cantor Billy Joel, de 76 anos, abriu o coração sobre uma fase muito difícil da sua juventude — marcada por traições, tentativas de suicídio e transformação pessoal.

Nos seus 20 e poucos anos, Joel fazia parte da banda Attila com o seu melhor amigo, Jon Small. Nessa altura, vivia com Small, a sua esposa Elizabeth Weber e o filho de ambos. Com o tempo, Joel apaixonou-se por Elizabeth. “Eu estava apenas apaixonado por uma mulher e levei um murro no nariz, que mereci,” disse Joel. “Sentia-me como um destruidor de lares.” A revelação destruiu a amizade com Small e acabou com a banda. Elizabeth desapareceu e Joel entrou numa espiral de culpa e depressão. Sem ter onde viver, dormia em lavandarias e caiu num estado de desespero profundo.

“Estava deprimido, acho que quase ao ponto de estar psicótico... Pensei: ‘Já chega. Não quero viver mais. Hoje foi horrível, amanhã vai ser igual.’”

A sua irmã, Judy Molinari, que trabalhava como assistente médica, deu-lhe comprimidos para dormir — mas Joel tomou todos de uma vez e entrou em coma durante vários dias.

Joel sobreviveu, mas confessou que, ao acordar, ainda pensava em suicidar-se “da maneira certa”. Na segunda tentativa, bebeu uma garrafa de Pledge de limão. Foi Jon Small quem o levou ao hospital.

“Apesar da nossa amizade estar a desmoronar-se, o Jon salvou-me a vida,” disse Joel.

Após estas experiências, Joel internou-se voluntariamente numa ala psiquiátrica para observação. Passadas algumas semanas, saiu com uma nova perspetiva: “Pensei para mim mesmo: podes usar todas essas emoções e canalizá-las para a música.”

O documentário Billy Joel: And So It Goes estreia na HBO em julho de 2025.