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Internacional
Glenn Close bate o recorde da atriz com mais nomeações para os Óscares, sem nunca ter ganhado nenhum
Glenn Close - 71.ª edição dos Prémios Tony 12.06.17 Foto: Reuters
Redação Lux em 9 de Abril de 2021 às 18:00

Com “Lamento de uma América em Ruínas”, de Ron Howard, Glenn Close conseguiu a oitava nomeação para os Óscares, na categoria de Melhor Atriz Secundária. Uma nomeação que a tornou oficialmente na atriz mais nomeada a nunca ter ganho um Óscar na história da Academia de Hollywood. Um recorde que pertencia a Peter O’Toole, e a quem acabaram por dar o Óscar Honorário, em 2002. Sempre que é nomeada a pergunta mantém-se, “será desta?”. Nunca foi. Para esta edição dos prémios mais desejados da indústria cinematográfica, Glenn Close, considerada uma das melhores e mais enigmáticas atrizes de Hollywood, volta a ter “adversárias” de peso.

Na mesma categoria, concorre com Maria Bakalova (“Borat, o Filme Seguinte”), Amanda Seyfried (“Mank”), Youn Yuh-jung (“Minari”) e Olivia Colman (“O Pai”), para quem perdeu a estatueta em 2018.

De entre as nomeações que acumula estão algumas das suas mais famosas interpretações como “Os Amigos de Alex”, “Atração Fatal”, ou “Ligações Perigosas”. Óscares à parte, a atriz já arrecadou dois dos 12 Globos de Ouro para que já esteve nomeada, três Emmy e três Tony.

Um reconhecimento que Glenn Close, de 74 anos, que não mostra sinais de estar perto da reforma, agradece: “Tenho feito escolhas, nos últimos 40 anos, das histórias que quero contar e mostrar ao mundo. Por isso é muito gratificante quando os outros concordam que essas histórias são relevantes”, disse em entrevista ao The Guardian.

A atriz teve uma infância “complicada”, como ela própria diz na mesma entrevista. Sem falar muito no passado, conta que, aos 7 anos, os pais se juntaram a um culto – o MRA (Rearmamento Moral), um movimento formado por um fundamentalista evangélico americano que guiava o grupo “pelas quatro regras absolutas: honestidade, pureza, altruísmo e amor”.

O pai, médico, ia mudando a família de um centro para outro da congregação, acabando na Suíça, onde permaneceram dois anos. “Fui reprimida, desorientada e dominada pela culpa”, conta sobre aqueles tempos. Aos 16 anos, regressou aos Estados Unidos, mas a sua carreira passaria pela Broadway, chegando ao grande ecrã apenas aos 35 anos.

E se os seus papéis são inesquecíveis e marcantes, a sua natureza é o oposto: “A minha personalidade é muito diferente das minhas personagens. Elas dão-me a hipótese de me expressar de uma maneira que, de outra forma, não me seria possível. Recentemente, aceitei o facto de que sou introvertida. Existo sobretudo na minha cabeça e não gosto de estar com grandes grupos de pessoas. Prefiro estar em casa com o meu cão, um livro ou a jantar com poucos amigos”, diz, concluindo: “Acho a vida real muito mais desafiante e problemática do que o meu trabalho. Porém, a coisa a que mais dou valor é a um trabalho que me preencha, desafie e que tenha impacto. Passamos a vida a desejar trabalhar com pessoas que façam com que valha a pena sairmos de casa.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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