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Internacional
A rainha morreu - os detalhes da operação "London Bridge"
Rainha Isabel II Foto: twitter.com/RoyalFamily
Redação Lux em 9 de Setembro de 2022 às 11:00

A morte da rainha de Inglaterra, Isabel II, era uma fatalidade que tem vindo a ser planeada ao pormenor há décadas numa operação a que foi dado o nome “London Bridge” (Ponte de Londres). "London Bridge is Down" era o código dado pelas autoridades britânicas para designar a morte da monarca que aconteceu esta quinta-feira, dia 8 de setembro, o "Dia D".

No início de julho, com a saúde Isabel II a piorar foi foi feito um ensaio do dia “D+1”,  focado no dia seguinte à sua morte com o nome “Castle Dove”, juntando vários ministros, secretários de estado, a líder da Câmara dos Comuns para preparar os 10 dias de luto nacional previstos.

Foram criados vários cenários e se a morte ocorresse enquanto a rainha estivesse no Castelo de Balmoral, na Escócia, seria acionada a operação “Unicórnio”, que definia, segundo o The Guardian, que o corpo seria transportado de comboio, a partir da estação de Waverley, até Londres.

“Realmente vão estar duas coisas a acontecer”, disse um dos assessores da Rainha ao mesmo jornal há uns meses. É que este dia fica marcado não só pela morte da Rainha, bem como pela preocupação com tudo aquilo que se segue relativamente aos anúncios oficiais e cerimónias, mas também pela ascensão do Príncipe de Gales ao trono — que esperou mais tempo do que qualquer herdeiro para assumir este cargo. Assim, e porque neste dia “há a morte de um soberano e depois há a criação de um rei”, nos últimos anos, a equipa que delineou o plano “London Bridge” tem-se focado sobretudo na ascensão de Carlos ao trono.

No “D+1”, ou seja, um dia depois da morte de Isabel II, as bandeiras voltam a ser hasteadas e, às 11h, o Príncipe Carlos vai ser proclamado rei, no Palácio de St. James. Um sacristão, chamado Richard Tilbrook, vai ler a declaração formal (“Considerando que Deus Todo-Poderoso desejou chamar à sua Misericórdia a nossa falecida Soberana Rainha Isabel II…”) e o Príncipe Carlos vai executar os primeiros deveres oficiais do seu reinado: jurar proteger a Igreja na Escócia e falar sobre o “pesado fardo” que vai então estar nas suas mãos.

O ritual de proclamação de Carlos a Rei de Inglaterra está ensaiado até ao mais ínfimo detalhe e Carlos empreenderá em seguida uma viagem pelo país, passando por Edimburgo (Escócia), Belfast (Irlanda do Norte) e Cardiff (País de Gales). A coroação só acontecerá um ano após a morte de Isabel II

No dia “D+4”, o caixão da Rainha seguirá em procissão desde o Palácio de Buckingham ao Westminster Hall, onde vai permanecerá durante quatro dias. O funeral será no dia “D+9”

Quando o caixão da Rainha chegar perto das portas da abadia, cerca das 11h, o país vai parar e ficar em silêncio. A procissão seguirá pelas ruas até ao Castelo de Windsor onde será sepultado.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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