Pelé, que morreu em dezembro aos 82 anos, deixou 30% dos bens à sua terceira e última mulher, Márcia Cibele Aoki, e incluiu no testamento uma mulher que poderá ser sua filha, disse o advogado da viúva.

O advogado Luiz Kignel aponta que o antigo jogador deixou registado no testamento que Márcia Cibele Aoki, deverá ficar com 30% dos bens, incluindo "obrigatoriamente" a casa onde moravam no Guarujá, em São Paulo, outros imóveis e a participação na marca Pelé. Revelou ainda que o testamento menciona a possibilidade de Pelé ter uma filha não reconhecida e que terá direito a receber parte dos 70% do património previstos os filhos do ex-futebolista.

"Ele indicou que haveria a possibilidade de haver outra filha, que dependeria de um teste de ADN que não foi realizado devido à pandemia e à condição [de saúde] dele", continuou o advogado.

Esta possível herdeira, uma brasileira de identidade desconhecida, deu entrada na Justiça brasileira para uma investigação de paternidade e um tribunal de São Paulo ordenou em setembro de 2022 que Pelé realizasse um teste de ADN, que, segundo o portal "G1", terá de ser feito num dos seus filhos.Trata-se de uma brasileira que pede para ser reconhecida como filha do lendário jogador e sobre cuja vida pouco se sabe.

Kignel explicou que ainda não foi feito o inventário completo e por isso ainda não se sabem valores totais.

Pelé teve sete filhos, Kely, Jennifer e Edinho, do primeiro casamento, com Rosemeri Cholbi, em 1966 e Flávia, de uma relação extraconjugal. Do segundo casamento, com Assiria Lemos Seixas, foi pai dos gémeos Joshua e Celeste, em 1996. E Sandra Machado, nascida em 1964 de um caso com uma dona de casa, reconhecida como filha pelos tribunais em 1996 e que morreu de cancro de mama em 2006.