O príncipe André vai mesmo enfrentar uma batalha judicial com a sua acusadora de agressão sexual Virginia Roberts Giuffre, determinou hoje um juiz.
O filho da rainha de Inglaterra falhou assim as suas tentativas de interromper o caso depois de ter sido processado por abuso de Virginia Roberts Giuffre quando esta tinha 17 anos.
Recorde-se que os advogados do príncipe André pediram esta terça-feira para rejeitar o processo de agressão sexual civil de Virginia Roberts Giuffre depois de ter sido revelado na segunda-feira, dia 3 de janeiro, que o criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein chegou a um acordo de 500 mil dólares (cerca de 442 mil euros) com Virginia Giuffre, no qual ela concordou em não processar qualquer outro "réu em potencial".
No documento de 2009, que não cita o príncipe André, Virginia Giuffre concordou em "libertar, absolver, satisfazer e dispensar para sempre" Epstein e "qualquer outra pessoa ou entidade que pudesse ter sido incluída como réu potencial".
Os advogados do filho da rainha Isabel II clamavam que este acordo significaria que Virginia Giuffre não poderia processar o príncipe de 61 anos. No entanto, os advogados de Giuffre replicaram que os termos do acordo assinado na Flórida, EUA, são irrelevantes para o caso contra o príncipe britânico.
Giuffre diz que foi forçada a fazer sexo com o príncipe André três vezes entre 1999 e 2002 em Londres, Nova Iorque e numa ilha caribenha privada, propriedade de Epstein.
Numa declaração anterior, citada pela revista People, Giuffre disse: "Estou a responsabilizar o Príncipe André pelo que me fez. Os poderosos e ricos não estão isentos de serem responsabilizados pelas suas ações. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver em silêncio e medo, mas recuperar a própria vida falando e exigindo justiça. "