Juan Carlos I de Espanha conquistou imunidade num processo em que respondia por assédio sexual diante de um tribunal de Londres, aberto pela ex-amante de Juan Carlos, a alemã Corinna zu Sayn-Wittgenstein-Sayn.
Os advogados de Juan Carlos disseram ao Tribunal de Apelação de Londres no mês passado que qualquer suposto assédio antes da abdicação do ex-soberano em 2014 está coberto pela imunidade e, embora os advogados de Sayn-Wittgenstein tenham clamado que os atos de assédio foram privados e feitos a serviço da "agenda oculta" do ex-soberano, o recurso da defesa do ex monarca de 84 anos foi admitido.
"A alegada conduta pré-abdicação está imune à jurisdição dos tribunais deste país", disse a juíza Ingrid Simler, responsável pelo caso. "Foi apenas a posição (de Juan Carlos) como chefe de Estado que lhe permitiu fazer com que o chefe do serviço de segurança do estado agisse da maneira alegada, usando a CNI, quaisquer que fossem seus motivos privados, e por mais abusivos que fossem", disse a juíza.
O ex-monarca de 84 anos sempre negou as acusações de assédio e agora a imunidade bloqueia parte do processo.