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Internacional
Morreu Diane Keaton
Diane Keaton - Prémios do American Film Institute 09.06.17 Foto: Reuters
Redação Lux em 13 de Outubro de 2025 às 09:52

Diane Keaton, vencedora de um Óscar de Melhor Atriz pelo icónico filme Annie Hall (1977), de Woody Allen, morreu este sábado, 12 de outubro, na Califórnia, aos 79 anos.

Nascida em Los Angeles, em 1946, Keaton iniciou-se no teatro antes de se afirmar no cinema nos anos 1970, destacando-se como Kay Adams em O Padrinho e pelas várias colaborações com Woody Allen, incluindo Play It Again, Sam, Sleeper, Love and Death e Manhattan.

O papel em Annie Hall marcou definitivamente a sua carreira, valendo-lhe o Óscar e o BAFTA de Melhor Atriz, além de a transformar num ícone de estilo e independência feminina. Voltaria a ser nomeada ao Óscar por Reds (1981), O Quarto de Marvin (1996) e Alguém Tem de Ceder (2003), filme que também lhe trouxe um Globo de Ouro.

Ao longo de cinco décadas de carreira, Diane Keaton construiu uma filmografia sólida, alternando entre comédias românticas, dramas e papéis televisivos, e publicou vários livros autobiográficos e de fotografia.

Diane Keaton e Woody Allen viveram um relacionamento amoroso nos anos 1970, que rapidamente evoluiu para uma profunda amizade e parceria artística. Mesmo após o fim do namoro, a atriz manteve uma admiração incondicional pelo realizador, com quem trabalhou em vários filmes de sucesso. Quando Allen foi acusado de abuso por Mia Farrow, Keaton manteve-se ao seu lado, afirmando publicamente a sua confiança na inocência do cineasta e recordando o seu caráter íntegro e o impacto positivo que ele teve na sua vida pessoal e profissional.

Mãe adotiva de Dexter e Duke, Keaton manteve-se ativa até recentemente, com participações em O Jovem Papa (2016) e Summer Camp (2024).

Diane Keaton não revelou publicamente problemas de saúde nos seus últimos meses, mas ao longo da vida foi aberta sobre duas batalhas significativas: o cancro de pele e a bulimia.

A atriz foi diagnosticada com cancro de pele aos 21 anos, doença que tinha já forte presença na sua família. O pai, o irmão e uma tia também sofreram do mesmo problema. Após o primeiro diagnóstico de carcinoma basocelular, Keaton enfrentou mais tarde um carcinoma espinocelular, que exigiu duas cirurgias. Apesar da gravidade, só começou a cuidar da pele e a usar protetor solar a partir dos 40 anos.

Além disso, Diane Keaton revelou ter lutado durante anos contra a bulimia, iniciada quando foi pressionada a perder peso para um papel na Broadway. Chegava a consumir cerca de 20.000 calorias por dia, provocando o vómito logo depois. Reconheceu ter um comportamento compulsivo e aditivo, e procurou ajuda psicológica, frequentando sessões de terapia cinco vezes por semana até conseguir recuperar.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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