PUB
PUB
Internacional
Irina Shayk fala dos desafios de ser mãe solteira e uma mulher de carreira
Irina Shayk descobre a nova coleção de FW20 na loja Falconeri em Nova Iorque Foto: Divulgação
Redação Lux em 13 de Novembro de 2020 às 18:40

São muitas as facetas  de Irina Shayk. A modelo, de 34 anos, que nasceu numa aldeia remota na Rússia, filha de um mineiro e de uma professora de piano, é hoje uma das mulheres mais conhecidas do mundo. Muito por causa da relação com Cristiano Ronaldo, mas, sobretudo, porque a sua carreira de modelo está imparável.

A par das marcas de alta-costura, a modelo russa dá também a cara por outras mais informais, como é o caso da Falconeri. Porém, esta dicotomia entre a mulher sedutora e a mulher comum são, não só, o espelho do que vende enquanto modelo como do que é enquanto mulher. “Posso estar a usar maquilhagem, vestidos deslumbrantes e saltos altos num dia, mas quando estou em casa não tenho esse aspeto. Gosto de prender o cabelo num rabo de cavalo, não uso make-up e visto roupa confortável. Separo muito bem a imagem perfeita que o meu trabalho exige e a de quando sou eu simplesmente”, disse em entrevista à revista Vogue britânica.

Aos 14 anos, Irina perdeu o pai, era então uma maria-rapaz e não tinha consciência da promissora modelo em que se viria a tornar uns anos mais tarde: “Sempre achei que tinha nascido no corpo errado. Achava que devia ter nascido rapaz. Quando o meu pai morreu, assumi que tinha de me tornar o ‘homem’ da casa.“ A vida acabou por dar uma volta e vingou enquanto modelo. As bases da sua forte personalidade mantiveram-se e ficaram ainda mais vincadas quando deixou a Rússia e se mudou para Nova Iorque: “Sei o que quero e acho que alguns homens têm medo disso. Se alguém sai da minha vida, sai definitivamente e corto todos os laços. Acho que há pessoas que se assustam com a minha frieza”, disse à mesma publicação.

Há três anos, Irina foi mãe. Lea de Seine nasceu da relação de quatro anos que manteve com o ator Bradley Cooper e que terminou no verão de 2019. Sobre o final do namoro, a modelo também mostrou o lado objetivo com que encara a vida: “Acho que em todas as boas relações damos o que temos de melhor e de pior. É essa a natureza do ser humano. Duas boas pessoas não fazem obrigatoriamente um bom casal. Acho que tivemos muita sorte ao termos tido a possibilidade de viver o que vivemos um com o outro. A vida sem o Bradley é uma nova experiência“, afirma, ao mesmo tempo que confessa que, no que toca à filha, nem sempre é tão racional, apesar de se sentir muito feliz com a experiência da maternidade: “Ser mãe tornou a minha vida muito melhor e mais bonita e estou muito agradecida por isso. Mas é difícil encontrar um balanço entre ser uma mãe solteira e uma mulher que trabalha e cuida. Há dias em que acordo e penso: ‘Não sei o que fazer, está tudo a desmoronar’.” Depois, rapidamente volta a segurança que a caracteriza. À revista Harper’s Bazaar, Irina diz: “Não sou perfeita, tenho dias de má pele e de mau cabelo. Às vezes, não me pareço de todo com uma modelo. Mas sou apenas um ser humano”, desabafa, lembrando com orgulho a fibra das mulheres da sua família e das russas em geral: “São as mulheres que dão conta de tudo. Criam os filhos, saem para trabalhar e quando regressam a casa, cozinham, lavam e conseguem fazer todo o trabalho pesado também.”

A família sempre foi e continua a ser o seu porto seguro. Dona de uma beleza inquestionável, a modelo diz que não tem medo da idade: “Acho que as mulheres ficam mais bonitas e sofisticadas com a idade. Tenho rugas, mas acho que todas as idades têm a sua beleza e não tenho medo, nem me importo de envelhecer.” E afirma: “Vivo no presente. Tenho planos e sonhos, mas prefiro não os partilhar, porque na Rússia, acreditamos que se partilhamos os nossos sonhos, eles não se concretizam.”

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção