Conquistou milhares de corações pelo mundo no papel do sedutor Simon Basset, o duque de Hastings, na série dramática de época da Netflix, “Bridgerton” e despedaçou-os quando logo após a primeira temporada, anunciou que não faria a segunda. Regé-Jean Page, de 31 anos, nasceu em Londres e passou a infância em Harare, Zimbabué, com a mãe, natural daquele país – onde trabalhava como enfermeira –, o pai, um pregador britânico e os três irmãos.
Aos 14 anos, Page e a família mudaram-se para Londres. Crescer em culturas tão diferentes teve um impacto nas ideias que tem sobre o que é sentir-se em casa. “Casa é um conceito relativo. Casa é onde quer que estejamos e onde nos enquadremos”, afirmou em entrevista à revista Square Mile.
Sobre a polémica saída da série que o trouxe para a ribalta, Regé-Jean Page garantiu em entrevista à GQ: “Saí respeitosamente. Não queria colocá-los numa situação embaraçosa na qual tivessem que me tirar.” E não poupa elogios à temática da trama: “Sou um grande fã do conceito de romance. Romance é uma coisa maravilhosa e precisamos mais disso no mundo”, disse à Entertainment Weekly.
Livre para outros projetos, não demorou até começar a especular-se que teria sido o escolhido para substituir Daniel Craig na pele de James Bond: “Se somos britânicos e fazemos algo de que as pessoas gostam, começam a falar da ‘letra B’ (de Bond), é como um distintivo de mérito”.
Sabe-se agora que integra o elenco de “Dungeons & Dragons”, com estreia prevista para 2023, mas as suas ambições não ficam por aqui. Page tem falado frequentemente sobre o desejo de aumentar o seu currículo na representação, mas também em investir em projetos atrás das câmaras, especificamente em histórias que mostrem “a alegria negra”. O ator defende: “O que acontece frequentemente é que quando se regressa ao passado apenas os brancos são felizes”, diz. “E sabe uma coisa? Todos nós sabemos como sorrir desde o início dos tempos. Todos nós nos casamos desde o início dos tempos, tivemos romance, glamour e esplendor. Representar isso, é incrivelmente
importante, porque o drama de época para pessoas que não são brancas não deve significar apenas traumas como destaque. Definir a história no passado não significa que os negros não fazem nada além de sofrer”, disse à Esquire.
A notoriedade em “Bridgerton” abriu-lhe também as portas para vários compromissos publicitários, o mais recente com a Longines como Embaixador de Elegância da marca, que sobre a escolha de Page disse: “É impossível imaginar uma nomeação mais adequada. Page tem uma elegância que transcende fronteiras e gerações, e um sentido de estilo inato que quebra estereótipos”. Matthias Breschan, CEO da marca, não lhe poupa elogios. “Um ator com o talento, a postura e a presença de Regé-Jean só aparece algumas vezes numa geração”. Sobre a sua própria elegância Regé-Jean Page diz: “Acho que sou capaz e gosto de me manter num padrão de elegância, o que significa conduzir-me com uma certa consciência. Parte disso é a generosidade e viver de uma maneira que seja útil para outras pessoas. Ao fazer isso, pode trazer-se mais beleza ao mundo.”
