Kim Kardashian prestou depoimento num tribunal de Paris esta terça-feira (13) relativo ao assalto que sofreu em 2016, enquanto participava da Paris Fashion Week.

A estrela de reality show relatou que foi amarrada e ameaçada com uma arma por ladrões que levaram cerca de 9,2 milhões de euros em joias, incluindo um anel de noivado avaliado em 3,68 milhões, presente do seu ex-marido Kanye West, que nunca foi recuperado.

Dez réus (nove homens e uma mulher, com idades entre 35 e 78 anos) respondem por crimes como roubo à mão armada, sequestro e conspiração. Apenas dois confessaram parte das acusações.

Kardashian, de 44 anos, contou que foi acordada pelos criminosos e inicialmente achou que se tratava de um ataque terrorista, dada a onda de atentados da época. Ela descreveu momentos de pânico e acreditava que seria violada e morta, foi amarrada com fita adesiva, mas os assaltantes deixaram o local. A sua amiga e stylist, Simone Harouche, que estava num quarto próximo, escondeu-se na casa de banho e alertou a segurança. Segundo Harouche, Kardashian estava em estado de choque e só queria fugir. O incidente foi descrito como um evento que mudou profundamente a vida da empresária.

O julgamento, que começou no dia 28 de abril, inclui depoimentos sobre crimes anteriores dos réus. Um dos acusados morreu e outro foi considerado incapaz por ter Alzheimer. O suposto líder do grupo, Aomar Aït Khedache, escreveu uma carta a pedir desculpas, que foi lida em audiência. Kardashian disse que o perdoa, mas que isso não apaga o trauma vivido.

O veredito está previsto para o dia 23 de maio.