O último filme que fez foi há dois anos e, durante a promoção de “O Comboio Bala”, Sandra Bullock anunciou que iria fazer uma pausa na carreira para se dedicar à família: “Neste momento, e não sei quanto tempo esta pausa vai demorar, preciso de estar no lugar onde me sinto mais feliz. Levo o meu trabalho muito a sério quando estou a trabalhar. É 24 horas por dia, sete dias por semana, mas estou tão exausta, cansada e incapaz de tomar decisões saudáveis ​​e inteligentes… por isso, agora, só quero estar 24 horas por dia, sete dias por semana, com os meus filhos e a minha família.” À revista People, na mesma altura, voltou a reforçar o seu desejo: “Não me estou a reformar, apenas não vou passar algum tempo em frente às câmaras. Tenho filhos lindos. Prefiro olhar para eles todos os dias e fazer com que fiquem zangados e irritados comigo e criem lembranças.”

O que a atriz não revelou é que a causa principal para esta pausa se prendia com a saúde do namorado, Bryan Randall. O fotógrafo morreu em agosto de 2023, e só nessa altura se soube que há vários anos havia sido diagnosticado com ELA (esclerose lateral amiotrófica). Foi a deterioração do seu estado de saúde, que levou Sandra Bullock a escolher não sair de perto do namorado e a dedicar-se mais aos filhos. Bullock e Randall começaram a sua história de amor em 2015, depois de se conhecerem na festa de aniversário de Louis, filho da atriz, um evento para o qual Randall foi contratado para fotografar.

Poucos meses depois, começaram a namorar. Uma relação mantida em privado, à semelhança de tudo na vida privada de Sandra Bullock, que sempre fez questão de preservar. Nas raras vezes que abriu um pouco a porta sobre a sua relação, a atriz afirmou sobre o namorado: “Sou alguém que passou pelo processo de divórcio. Encontrei o amor da minha vida. Compartilhamos dois filhos lindos – três filhos, a filha mais velha de Randall. É a melhor coisa de todas.” E explicou por que decidiram nunca se casar: “Não quero dizer para fazerem como eu faço, mas não preciso de um papel para ser uma parceira e uma mãe dedicada.” Sandra Bullock tem dois filhos, Louis, adotado em 2010, e Laila, em 2015.

Apesar de, na altura em que Laila entrou na vida da atriz, ela e Randall já serem namorados, o processo havia começado muito antes e o fotógrafo não entrou no processo de adoção. No entanto, segundo Bullock, era o melhor pai que os seus filhos poderiam ter: “Ele é o exemplo que eu gostaria que meus filhos tivessem. Nem sempre concordo com ele e ele nem sempre concorda comigo, mas é um exemplo mesmo quando não concordo com ele.” A morte de Bryan Randall apanhou os seguidores do casal e os fãs da atriz de surpresa. Foi escolha sua manter a doença em sigilo e a família e os amigos respeitaram sempre o seu desejo. No último ano, desde que perdeu o namorado, Sandra Bullock tem vivido para os filhos. Porém, em junho, numa entrevista à revista People, e para alegria dos muitos admiradores de Sandra Bullock, Nicole Kidman confirmou os rumores que já se vinham ouvindo de que a atriz iria regressar ao trabalho com a sequela do filme “Magia e Sedução”, que ambas protagonizaram em 1998: “Sim, estarei nele. E Sandy estará nele. E é isso.”

Aos 60 anos, e depois de um ano desafiante a nível emocional pela perda do namorado, a atriz parece querer retomar. “O trabalho sempre foi estável para mim e tive muita sorte”, disse à revista OK. Bullock tem 37 anos de carreira e uma lista de sucessos no currículo, mas há um projeto que mais do que nenhum outro lhe fala ao coração. Em maio, através de um podcast onde participou com Keanu Reeves para celebrar os 30 anos de “Speed”, a atriz falou no desejo de trabalhar novamente com o amigo: “Antes de morrer, antes de deixar este planeta, acho que Keanu e eu precisamos fazer algo frente às câmaras”, disse Bullock, depois do apresentador Kris Tapley ter perguntado sobre um terceiro filme. “Mesmo que estejamos em cadeiras de rodas ou com andarilhos? Talvez. Talvez”, disse com o humor que a caracteriza e que lhe tem garantido a solidez numa carreira de filmes maioritariamente cómicos, mas sem esconder a emoção de ter voltado a uma época feliz da sua vida. “Obrigada por me levar ao passado. Eu percebo o quanto bloqueio e é bom refletir sobre algo que é doce. Não tem havido muito doce, mas agora estou com o coração cheio. Estou um pouco chorosa, foi um bom momento. E tivemos muita sorte. Tive muita sorte a vários níveis.”