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Internacional
Redação Lux em 17 de Maio de 2017 às 20:30
Kate e Gerry McCann continuam a comprar presentes de aniversário para Maddie

Passaram-se dez anos. Kate e Gerry McCann procuram a filha, Madeleine, desde 3 de maio de 2007. Uma década de pistas, suspeitas, investigações policiais e processos em tribunal que, infelizmente, não trouxeram Maddie de volta.

O tempo passou, mas para os pais parece ter congelado após o desaparecimento da filha, na Praia da Luz, no Algarve. “Devíamos ter sido uma família de cinco pessoas durante todo este tempo”, desabafou Kate, numa entrevista à BBC, a propósito dos dez anos do desaparecimento de Madeleine.

“Em última análise, temos que continuar – e especialmente quando existem outras crianças envolvidas. Se não conseguimos mudar algo imediatamente, temos que ir em frente e fazer o melhor que pudermos. E acho que é isso que temos tentado fazer... Um dos nossos objetivos – obviamente que o principal é encontrar Madeleine – tem sido garantir que o Sean e a Amelie têm uma vida normal, feliz e gratificante, e vamos fazer tudo o que pudermos para conseguir isso”, completou, fazendo referência aos seus outros dois filhos, atualmente com 12 anos.

Apesar das buscas por Madeleine ainda não terem surtido efeito, o casal recusa-se a aceitar que não voltará a encontrar a filha com vida.

“A minha esperança de que Madeleine anda por aí não é menor do que era há quase dez anos atrás. Quero dizer, além das primeiras 48 horas, nada mudou desde então”, afirmou Kate.

Uma fé partilhada pelo marido,Gerry:

“Nós continuamos à procura, acho que isso é o mais importante. Ainda temos esperança.”

 

É com esta forma de encarar a realidade que o casal tenta levar uma vida normal, na qualMaddie continua a fazer parte. Por isso, não deixa de comprar presentes para a filha, tanto no Natal como para celebrar o dia do seu nascimento, como acontecerá no próximo 12 de maio, data do seu 14.º aniversário.

“Tenho que pensar na idade que ela tem para que, quando a encontrarmos, ainda seja apropriado. Não podia não o fazer... ela ainda é nossa filha, vai ser sempre nossa filha”, justifica a mãe.

Pela mesma ocasião, o primeiro responsável pela investigação do desaparecimento de Madeleine, Gonçalo Amaral, também voltou a falar sobre o assunto, numa entrevista à CMTV. 

O ex-coordenador da PJ defende que a criança terá morrido acidentalmente no apartamento e que o corpo poderá ter sido congelado. Diz ainda que o cadáver poderá ter sido escondido dentro de um caixão, onde já estava o corpo de uma cidadã britânica, e posteriormente cremado.

“Pode ter sido atirado ao mar, pode ter sido retirada daqui para fora... Há muitas hipóteses para fazer desaparecer um corpo. Mas esta, de facto, era a perfeita das perfeitas, porque não se consegue, com cinzas, identificar nada”, afirmou.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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