Joe Biden, ex-presidente norte-americano, de 82 anos, foi diagnosticado com uma forma “agressiva” de cancro da próstata que já se espalhou para os ossos, conforme comunicado do seu gabinete divulgado neste domingo. Segundo o anúncio, apesar da gravidade, “o cancro parece ser sensível às hormonas, o que permite uma gestão eficaz da doença”.

Biden foi submetido a exames médicos após apresentar sintomas urinários e a descoberta de um nódulo na próstata. O diagnóstico de cancro foi confirmado na sexta-feira. As células malignas já tinham atingido o tecido ósseo. “O presidente e a sua família estão a analisar as opções de tratamento com os seus médicos”, informou ainda o comunicado.

De acordo com a Associated Press, a avaliação da agressividade do cancro é feita através da pontuação de Gleason, que varia de 1 a 10. Biden recebeu uma pontuação 9, indicando que o tumor está entre os mais agressivos. Quando a doença se espalha para além da próstata, os ossos são um dos alvos mais comuns, o que torna o tratamento mais complexo. No entanto, em casos como este, em que o cancro depende de hormonas para se desenvolver, terapias hormonais podem ser eficazes.

Durante o seu mandato presidencial (2021-2025), a saúde de Biden foi uma preocupação recorrente entre os eleitores. Após um debate em junho em que demonstrou sinais de confusão, decidiu abandonar a candidatura à reeleição. Kamala Harris, então vice-presidente, assumiu a candidatura democrata, mas foi derrotada por Donald Trump nas eleições de novembro, marcando o regresso do republicano à Casa Branca.

Biden já tinha removido um carcinoma basocelular — uma forma comum de cancro de pele — do peito em fevereiro de 2023. Em 2021, também lhe foi retirado um pólipo do cólon, considerado uma lesão benigna com potencial pré-cancerígeno.

Biden entrou para a história como o presidente mais idoso dos Estados Unidos.