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Internacional
Cristina Ferreira reage a indemnização de 20 milhões pedida pela SIC: 'refuto em absoluto'
Cristina Ferreira Foto: Instagram
Redação Lux em 19 de Agosto de 2020 às 15:04

Depois de ter sido divulgado que a SIC vai exigir 20 milhões pela saída deCristina Ferreira para a TVI, a apresentadora emitiu um comunicado que responde à notícia.

“Na sequência das notícias vindas a público durante o dia de hoje, confirmo que a SIC me interpelou ao pagamento de uma indemnização por lucros cessantes no valor de cerca de 20 milhões de euros. Sobre esta matéria gostaria apenas de esclarecer que a referida quantia não tem qualquer fundamento ou base contratual, pelo que refuto em absoluto a pretensão daquela entidade, estando disposta a assegurar e defender os meus interesses até às últimas instâncias. Por fim, não posso deixar de registar a minha surpresa pela posição agora assumida por uma estação que tem assente a sua comunicação numa estratégia de funcionamento em equipa e liderança de audiências, nunca assente numa só pessoa”, assina Cristina Ferreira.

Cristina Ferreira chegou à TVI em 2003 e, desde o primeiro dia, o seu caminho foi sempre a subir. Conquistou o público, tornou-se no braço-direito de Manuel Goucha em “Você na TV!”, foi diretora de Conteúdos Não Informativos da TVI, mas quis sempre mais.

Fora do canal, a outrora miúda tímida da Malveira transformou-se numa mulher confiante e determinada. Tornou-se imagem de várias marcas, criou um perfume com o seu nome, uma revista mensal e tem uma cor de cabelo só ‘sua’. É caso para dizer que tudo em que Cristina toca tem sucesso garantido. E algumas vezes com o fator surpresa, que lhe é já característico.

Há dois anos foi notícia porque deixou a estação onde cresceu para abraçar um novo projeto na SIC, abalando as estruturas que mantinham a TVI sólida e líder de audiências. Foi a transferência do ano e, agora, a história repete-se. Como diz o ditado, ‘bom filho à casa torna’. Porém, no caso de Cristina, não terá sido a emoção que a moveu, mas sim a ambição, o nunca se acomodar e a vontade de se superar.

Ao contrário do que chegou a ser anunciado aquando da sua contratação, Cristina Ferreira não terá chegado a ter o poder de decisão que almejava relativamente à programação e aos conteúdos da SIC, como lhe teria sido prometido. É verdade que foi o principal rosto da estação, nos últimos dois anos, mas pouco mais do que isso. Por isso, a nova direção da TVI, liderada por Nuno Santos, conseguiu o regresso de Cristina Ferreira que, de forma inesperada, anunciou que iria regressar a Queluz de Baixo já em setembro, como “um regresso à casa mãe, com funções distintas e um projeto ambicioso ao qual era impossível dizer não”, lia-se no comunicado, ao qual a apresentadora acrescentou um texto nas suas redes sociais. Recordou a “timidez que se atenuou com o tempo” e a felicidade de fazer o que mais gostava, achando que era para sempre: “Mas o meu ‘para sempre’ é muito estranho. É que nele está incluído o sair para continuar a crescer.”

Dos dois anos na SIC, “um lugar especial onde os sonhos tinham espaço”, ficam “pessoas extraordinárias” e “uma equipa agarrada ao coração para sempre”. E continua, revelando que, perante um pedido de ajuda, percebeu “que fazia lá falta”e “era preciso reconstruir paredes que tinham caído. Ninguém gosta de ver a casa da mãe a cair. E a filha volta para trabalhar”.

A notícia caiu como uma bomba e surpeendeu todos, colegas, fãs, direção e investidores, já que o seu contrato com a SIC era até 2022. A Impresa caiu 4% em bolsa com a saída de Cristina, a quem a SIC poderá exigir pelo menos 4 milhões de euros pelo incumprimento do contrato – 2 milhões correspondem ao valor do salário dos dois anos que faltavam, e os restantes a custos paralelos. Se o pagamento não acontecer, a estação –  que apelidou a decisão de Cristina Ferreira de “unilateral, abrupta e surpreendente” – pode avançar com um processo judicial.

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Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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