Quando pensamos no Taiti, evocamos praias de areia branco, resorts, as mulheres polinésias com coroas de flores. A fotógrafa suíça Namsa Leuba captou um retrato fascinante da cultura local na sua nova exposição 'Ilusões: o mito da' Vahine 'através da disforia de gênero'. Os seus retratos vibrantes apresentam-nos os 'mahu' na ilha polinésia do Taiti, herdeiros de uma antiga comunidade espiritual que não se identifica nem homem nem como mulher. Na tradicional cultura taitiana, como na Havaiana, são pessoas pertencentes ao terceiro género. A série de fotografias mostra-nos o 'terceiro gênero' da ilha, pintado em cores vivas e adornado com grinaldas de flores e conchas, com as praias idílicas do Pacífico Sul em pano de fundo
No Taiti, os 'mahu' nascem biologicamente masculinos, mas familiares e amigos acreditam que não se adaptam aos papéis tradicionais de género desde tenra idade. Sem grandes debates no foro público e muito menos nas redes sociais, o terceiro género é aceite como natural e desempenha papéis espirituais chave na comunidade, como guardiões de rituais, dança e também como cuidadores natos de crianças e idosos.
Outras séries de fotografias também incluem pessoas que se identificam como 'rae-rae' - mulheres transexuais que frequentemente realizam cirurgias de redesignação de género, ao contrário dos mahu.