Foi numa conversa sincera que Lily Collins, de 31 anos, refletiu sobre os distúrbios alimentares que sofreu durante anos. A atriz, filha do cantor Phil Collins, revelou que foi o noivo, o escritor e realizador Charlie McDowell, quem a ajudou a sentir-se “mais forte” e a encontrar “a melhor versão” de si mesma.

Em conversa com o apresentador Josh Smith, Emily contou que fez terapia durante anos e que compreendeu finalmente por que deixou “durante muito tempo que a escuridão tomasse conta” da sua vida. Falou também da falta de confiança, mas assumiu estar feliz por ter encontrado a sua voz.

“Fiz terapia durante anos e sinto que estou a encontrar o meu caminho e a razão por que deixava todos aqueles pensamentos negros regerem a forma como vivia, o que devia ou não fazer e as restrições que impunha a mim mesma. Ouvia muitas vozes na minha cabeça, que silenciavam a minha própria voz. Ao perceber tudo isso, entendi também que muitas das razões e a forma como pensava quando era mais nova já não se aplicam a mim.”

Uma das razões para a falta de segurança com que cresceu deve-se à “personalidade tóxica” de Phil Collins, que nunca foi o pai que ela queria que fosse. Desde os 7 anos, que Lily viu como o pai traía a mãe, voltou a casar-se três vezes, tendo-se sempre divorciado. De todas as vezes, afastava-se mais: “Ele estava vivo, mas na maior parte do tempo, para mim, era como se não estivesse.”

Foi essa infância e adolescência, marcada pela ausência do pai e pela busca de aceitação e amor por parte do cantor que levaram Lily Collins a estados de ansiedade e stress, que a conduziram à anorexia e bulimia.

Com a idade e a ajuda de um terapeuta, a atriz conseguiu entender muitos dos aspetos que a assombravam: “Hoje, faço das coisas que me deixam feliz uma prioridade. Muita dessa felicidade acontece durante uma boa refeição com as pessoas que amo. Há muitas coisas que perdi porque deixei que as inseguranças me controlassem e me calassem. Se estivermos zangados com o mundo, 100% das vezes, ficamos física e emocionalmente cansados. Esta aprendizagem é um processo, mas, atualmente, rodeio-me das pessoas que me amam, me encorajam e deixam que a minha alma e o meu coração vivam em pleno.”