Chamam-lhe o “menino prodígio do macronismo” ou “baby Macron” pela ligação que tem ao presidente francês Emmanuel Macron, responsável pela sua nomeação para assumir o cargo de primeiro-ministro de França. Com apenas 34 anos, Gabriel Attal deixa o ministério da Educação, onde esteve seis meses, para ser o primeiro-ministro mais jovem da V República, “um desafio digno da sua ambição”, como escreveu o Paris Match.
Apaixonado por política desde cedo, Gabriel Attal, que está entre os mais próximos apoiantes de Emmanuel Macron, teve uma ascensão meteórica, mas, apesar disso, há quem duvide da sua capacidade para o cargo. Attal ingressou no Partido Socialista aos 17 anos, mais tarde, foi secretário de Estado da Educação e tornou-se mediático ao ser nomeado porta-voz do governo durante a pandemia. A partir de 2022, passa pelos ministérios das Contas Públicas e da Educação Nacional e Juventude, sempre com o total apoio de Macron.
“Corajoso” e “ousado”, como a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, se referiu a ele na TF1, Gabriel Attal cresceu no seio de uma família de classe média, estudou na célebre École Alsacienne, em Paris, licenciou-se em Direito, mas, em 2015, ficou profundamente marcado pela morte do pai, vítima de cancro. “Penso com tristeza no meu pai, que já não está para partilhar tudo isto comigo”, confidenciou Gabriel, que tem três irmãs, a mais velha do primeiro casamento do pai, e um irmão mais novo, adotado pela mãe, em 2016.
De perfil discreto, o primeiro-ministro francês assumiu a sua homossexualidade, em 2019, depois de a sua relação com Stéphane Séjourné, o antigo conselheiro político de Macron, ter sido exposta no livro de um antigo colega de escola. De acordo com a imprensa francesa, e apesar de nenhum confirmar, a relação terminou há largos meses. “Quanto à homossexualidade, sempre considerei que poderíamos assumi-la sem reivindicá-la”, disse à revista Closer, em 2019. Noutras entrevistas, Attal revelou ter sofrido homofobia e ataques por causa da sua orientação sexual.
Amante de viagens, Gabriel Attal não é dado a luxos e desloca-se numa Vespa, e é na pequena Ile-aux-Moines, onde a família tem uma casa de férias, que o novo primeiro-ministro francês se refugia muitas vezes.