Harry Belafonte, cantor e ator, conhecido como o Rei do Calipso, música com influências na África Ocidental, morreu esta terça-feira, dia 25 de abril, em Nova Iorque, aos 96 anos, devido a uma "insuficiência cardíaca congestiva", de acordo com o seu porta-voz, citado pelo New York Times.
O cantor deu a voz a êxitos como "Matilda", "Day-O", "Island in the Sun", "Jamaica Farewell", "Try to Remember", "The Banana Boat Song" ou "Coconut Woman".
Filho de mãe jamaicana e pai martinicano, Belafonte tornou-se uma figura destacada da defesa dos direitos civis nos Estados Unidos da América, tendo-se tornado um angariador de fundos para as campanhas dos direitos civis e um amigo próximo de Martin Luther King Jr.
Foi o primeiro ator negro a protagonizar uma história de amor com uma atriz branca em "Uma Ilha ao Sol", de Robert Rossen, em 1957, e o primeiro afro-americano a produzir um programa de televisão e a ganhar um Emmy, em 1959.
Ao longo da carreira, Belafonte ganhou três Grammy, um Emmy e um Tony, tendo sido integrado no Hall of Fame do Rock and Roll no ano passado.
Harry Belafonte foi um dos principais promotores da canção "We Are The World" (1985) que angariou fundos na luta contra a fome na Etiópia e foi nomeado embaixador da Boa Vontade da Unicef em 1987.