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Internacional
MJ Rodriguez faz história ao tornar-se na primeira mulher transgénero a vencer um Globo de Ouro
Michaela Antonia Jaé Rodriguez Foto: Arquivo Lux
Redação Lux em 27 de Janeiro de 2022 às 10:00

Michaela Antonia Jaé Rodriguez, de 31 anos, fez história ao ser a primeira mulher transgénero a vencer um Globo de Ouro para Melhor Atriz em série dramática, pelo seu papel de Blanca, em “Pose”. Atriz e cantora, Michaela nasceu em Newark, Nova Jérsia, filha de dois afro-americanos, sendo que o pai tem também ascendência porto-riquenha. Fã de banda desenhada, e em especial da Marvel Comics, Michaela assumiu como nome artístico MJ Rodriguez em homenagem a Mary Jane “MJ” Watson, da saga “Homem-Aranha”.

Apesar de ter nascido rapaz, aos 7 anos, MJ começou a perceber que estava no corpo errado. A própria afirma que esteve algum tempo em negação depois de, aos 14 anos, se ter assumido aos pais como “bissexual/gay”, facto que os pais aceitaram.

Em entrevista à Sirius XM, Michaela falou do que sofreu por ser “diferente” e do processo de aceitação de si pópria: “Sofri bullying quando era mais nova. Muitos miúdos gozavam comigo, diziam que parecia que tinha SIDA, porque era muito magra, mas, na verdade, isto continuou durante toda a minha vida. Estranhamente, eu era aquela criança indisciplinada que dizia: ‘Não quero saber, vou apenas ser eu. Não interessa, não sabem o que se passa dentro de mim.’

Aos 7 anos, já tinha percebido que era uma rapariga e penso que os meus pais o sabiam, e que havia miúdos que também sabiam, só não sabiam como reagir a isso, era confuso para eles. Eu tinha cabelo comprido e assim, mas a verdade é que estava a viver fora do meu verdadeiro eu desde os 7 anos. Mais tarde, quando as artes entraram na minha vida começou a ser mais ridículo e chamavam-me todos os tipos de nomes, faziam bullying, cheguei a ser sufocada no secundário.”

Conta ainda que, apesar de tudo, foram essas atitudes que a levaram a ser quem é hoje: “Sinto que todas essas coisas me fortaleceram e me levaram a conseguir contar as minhas histórias e também a colocar-me num local em que consigo transmitir essas emoções a qualquer tipo de personagem, uma delas a Blanca.“

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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