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Internacional
Pablo Morais: 'Ser artista no Brasil já é uma grande vitória. Eu vim de uma periferia como Goiânia e acabei a fazer parte de um produto de topo'
Pablo Morais Foto: Lúcio Luna
Redação Lux em 30 de Julho de 2021 às 17:00

Modelo, ator e músico Pablo Morais acolheu um sucesso imenso como protagonista da terceira fase ‘Torre de Babel’ da novela ‘Gênesis’ da TV Record. Já aclamado pelo público na novela ‘Malhação’, como Deco, Pablo Morais teve no papel do caçador Ninrode, o desafio com mais destaque na sua carreira, que começou como modelo.

Nascido em Goiânia, capital do estado de Goiás, a moda levou Pablo Morais a Nova Iorque, onde residiu e trabalhou para revistas de renome mundial como a ‘Vogue’ e a ‘Vanity Fair’. Multifacetado, Pablo Morais dedicou-se também à música, assinando as suas composições num disco ‘Rock Santo’ criado durante os meses de pandemia e lançado  ainda em 2020.

Pablo Morais acaba também de de lançar o videoclipe de Balmain, canção independente e autoral, em parceria com o trapper Klyn, que fala de lifestyle, superação e diversão. “Eu quis fazer a junção do universo do trap/rap com o universo fashion. Trabalho com moda há mais de 10 anos, e a marca Balmain para mim tem um significado de fashion, moda e atitude, tudo que temos na música e no clipe”, conta Pablo, que já trabalhou para a Balmain quando o estilista Olivier Rousteing foi ao Brasil em 2019.

Considerado um galã, Pablo Morais já foi romanticamente ligado à atriz Letícia Almeida e à cantora Anitta. Desde outubro de 2019, que namora com a atriz Juliana Calderi.

Lux – Tem noção da quantidade de novos fãs que conquistou depois de ter sido protagonista em ‘Gênesis’?
Pablo Morais – Recebi muito carinho e estou muito feliz. Não sabia que o Ninrode e a fase da Torre de Babel teriam esta potência tão grande. ‘Gênesis’ é um produto muito especial e um êxito enorme.

Lux – Estava à espera desse sucesso?
P.M. – Realmente não esperava, porque começámos antes da pandemia, estivemos parados durante algum tempo e regressámos respeitando todos os protocolos de higiene e segurança, por isso foi muito estranho. Tivemos de estar muito concentrados e unidos. Quando a novela estreou, conseguimos ter noção de que o público estava a gostar, que entendeu o esforço e a obra. Agora sim, estou muito feliz com tudo o que está a acontecer. Ficámos em primeiro lugar no Twitter, como um dos assuntos mais comentados no Brasil. O elenco inteiro ficou muito feliz com o resultado.

Lux – Esse feedback positivo também vem de outras partes do mundo, onde ‘Gênesis’ está a ser um êxito...
P.M. – Sim, estou a receber muitas mensagens da Europa, Canadá, Uruguai... Estou muito feliz com o alcance desta novela que tem uma metodologia de série, com sete fases, onde se muda a palete de cores, as personagens, a banda sonora e os efeitos especiais. É uma junção muito grande de força e energia.

Lux – Emocionou-se ao ver as cenas da sua personagem?
P.M. – Sim, identifiquei-me em algumas coisas com o Ninrode. Há cenas mais profundas e outras que têm uma atmosfera diferente. Por exemplo, as cenas com a Semíramis, ou seja, entre mãe e filho, são de incesto. Nessas cenas específicas tive de ter muito cuidado. A Francisca Queiroz (Semíramis), tal como toda a equipa, ajudaram-me muito, porque são situações delicadas. Houve outras cenas muito emocionantes e vivi-as intensamente, até porque a nossa mente sabe que são ‘mentira’, mas o nosso corpo não.

Lux – Onde foi buscar inspiração para a sua personagem?
P.M. – O Ninrode e aquele povo representam os caçadores/coletores. A sua virilidade, força e a caça são realmente uma âncora para a sobrevivência. Nesse sentido, construí a personagem de fora para dentro, em sensações e vivências. Também sou muito apaixonado pela série ‘Vikings’ e a caracterização tinha semelhanças, então, também fui buscar inspiração àqueles que são considerados os primeiros povos do mundo. Como sobreviviam, andavam, olhavam... A inteligência emocional deles é também uma referência para mim. Por causa da minha personagem, estive no meio do mato, fiz aulas de parkour, de lança, além de muita pesquisa e leitura.

Lux – Depois deste papel em ‘Gênesis’, a fasquia está elevada. Há um antes e um depois desta novela?
P.M. – Não sei bem responder a isso. Ser artista no Brasil já é uma grande vitória. Eu vim de uma periferia como Goiânia e acabei a fazer parte de um produto de topo como esta novela. Para mim foi excelente, mas gosto de manter os pés no chão.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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