O julgamento de Sarkozy, acusado de corrupção e tráfico de influências na sequência de um escândalo que envolveu escutas telefónicas, foi hoje retomado no Tribunal Criminal de Paris. O julgamento começou há precisamente uma semana, mas foi adiado pouco depois.
A advogada de Sarkozy, Jacqueline Laffont, defendeu a “nulidade de todo o procedimento” devido a “inúmeros abusos” e “violações repetidas e graves” dos direitos de defesa no caso.
O antigo Presidente francês, de 65 anos, declarou: "Não reconheço qualquer dessas infâmias com que me perseguem há seis anos”.
Nicolas Sarkozy está a ser julgado juntamente com o seu advogado Thierry Herzog e o juiz Gilbert Azibert, que respondem ainda por violação do sigilo profissional.
Os três réus, arriscam uma pena de prisão de 10 anos e uma multa de um milhão de euros.
Sarkozy é suspeito de ter tentado corromper, juntamente com o seu advogado Thierry Herzog, Gilbert Azibert, quando este era juiz do Supremo Tribunal da França.
O ex-presidente é acusado de tentar obter informações protegidas por sigilo e influenciar o processo aberto nessa alta instância judicial relacionado ao caso Bettencourt. Em troca, teria ajudado Gilbert Azibert a obter uma posição de prestígio no Mónaco