No livro “A mulher que há em mim ”, Britney Spears abre o coração para falar da sua vida e do caminho até ao sucesso, com mais de 150 milhões de discos vendidos em todo o mundo. No entanto, os bastidores da vida da chamada “princesa da pop” nunca foram um conto de fadas. Desde cedo que os pais tinham o plano de levar a filha a ser uma estrela e a alcançar a fama.
No livro, Britney recorda uma infância traumática, com uma mãe que lhe servia bebidas alcoólicas aos 13 anos, e um pai “abusivo” que estava muitas vezes alcoolizado e criticava constantemente a sua aparência. No amor, a sorte também não lhe tem sorrido, com uma série de relações breves, muitas delas com homens mais interessados no seu mediatismo.
Britney Spears tinha apenas 8 anos quando a mãe, Lynne, a levou de Mississippi a Atlanta, numa viagem de mais de cinco horas, para uma audição para o Mickey Mouse Club. Foi rejeitada por ser muito nova, mas o diretor de casting sugeriu que tentasse entrar na Escola de Artes Performativas. Britney foi aceite e mãe e filha mudaram-se para Nova Iorque. Anos mais tarde, entrou no Clube do Mickey.
No livro, confessa que se sentia “uma criança robot”. Foi lá que conheceu Justin Timberlake. Em 1999, ano em que lançou o sucesso “Baby, One More Time”, assumiram o namoro que os transformou num dos casais mais queridos do meio artístico. A relação terminou em 2002 e, sem explicações públicas, começaram a circular rumores de que Britney teria traído o namorado.
Na biografia, a cantora quis repor a verdade e não só afirma que foi traída, como revela que engravidou de Justin Timberlake, mas fez um aborto. Tinha 19 anos: “A gravidez foi uma surpresa, mas não foi uma tragédia. Amava muito o Justin. Sempre pensei que um dia teríamos uma família juntos, e que aconteceria apenas mais cedo do que esperava. Só que ele disse que não estávamos prontos para ter um filho, éramos muito jovens. Tenho a certeza de que as pessoas me vão odiar, mas concordei em não ter o bebé. Não sei se essa foi a decisão certa. Se tivesse sido apenas uma opção minha, nunca o teria feito. No entanto, ele tinha certeza de que não queria ser pai. O aborto foi uma das coisas mais agonizantes que já fiz na vida”, relembra.
No livro, a cantora relata ainda uma “infância e adolescência angustiantes”, sobretudo por causa do pai, que acabaria por ser o responsável pela sua tutela entre 2008 e 2021, controlando-a pessoal e financeiramente. A cantora acusa o pai de ser “mau, apático e frio” e de a intimidar por causa do peso, sobretudo quando bebia. “Não sabia porque era tão duro connosco e porque é que nada do que fazíamos parecia bom o suficiente. Para mim, o mais triste foi que sempre quis um pai que me amasse como eu era.” Em vez disso, Britney afirma: “Disse-me repetidamente que eu parecia gorda e que teria de melhorar.” E desabafa: “Sentir que nunca se é bom o suficiente é devastador para uma criança. Ele incutiu-me essa mensagem e, mesmo depois de eu ter conquistado tantas coisas, continuou a fazê-lo.” Sempre em busca de amor, a vida amorosa de Britney foi atribulada.
Com vários relacionamentos relâmpago, a cantora casou-se três vezes. A primeira, com o amigo de infância Jason Alexander, durou 55 horas. Em 2004, casou-se com Kevin Federline, com quem teve dois filhos. O divórcio chegou em 2007 e a relação com os filhos foi-se deteriorando: “Honestamente, não entendo como é tão fácil cortarem-me assim das suas vidas.” Em junho de 2022, depois de seis anos de namoro, a cantora e o modelo, Sam
Asghari, de 29 anos, casaram-se, um mês após o anúncio de que Britney havia sofrido um aborto espontâneo. Divorciaram-se em agosto de 2023