O mundo atual seria para a personagem Mafalda “um desastre e uma vergonha”, assegurou hoje Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido como Quino, que criou há mais de meio século a icónica personagem reconhecida por várias gerações.
As aventuras de Mafalda - a contestatária menina de seis anos fã dos Beatles, defensora da democracia, dos direitos das crianças e da paz e detratora da sopa, das armas, da guerra e do James Bond – foram criadas entre 1964 e 1973, mas as mensagens irónicas sobre a sociedade e em prol de um mundo melhor continuam intemporais, segundo o ilustrador argentino.
“Olhando as coisas que fiz todos estes anos, percebo que digo sempre as mesmas coisas e que continuam atuais. É terrível…não?”, referiu Quino, numa entrevista à agência noticiosa espanhola EFE por ocasião da Feria do Livro de Buenos Aires.