Michael Jackson estava quase cego e tinha problemas para urinar, afirmou o médico do cantor em tribunal.
No depoimento da polícia, divulgado esta terça-feira, Conrad Murray revelou que percebeu que o cantor consultava outros médicos por causa dos vários medicamentos que lhe eram receitados.
Segundo o médico do cantor, Michael Jackson consultava um dermatologista de Beverly Hills, Arnold Klein, três vezes por semana. Após algumas consultas, o cantor voltava «esgotado» e com dificuldades para ensaiar.
«A equipa de produção disse-me recentemente que seu pior dia no palco era quando ia ao consultório do doutor Klein, o que ocorria aproximadamente três vezes por semana», afirmou Conrad Murray acrescentando: «e quando voltava, estava basicamente esgotado e demorava 24 horas para recuperar».
Sobre o facto de o cantor estar quase cego, o médico revelou que o rei da pop usava uma lupa para ler:
«A visão dele estava muito, muito má. Portanto, calculei que ele podia ser legalmente cego».
Conrad Murray faz ainda referência aos problemas que o cantor tinha para urinar e para comer.
«O senhor Jackson tinha problemas para urinar... No decurso dos últimos meses, ele explicou-me que quando ia à casa de banho, levava horas para urinar. Na verdade, ele urinava-se. As pessoas deixavam-no lá, voltavam e ele ainda não tinha conseguido», revelou.
O cantor chegou a ser tratado por desidratação e fadiga em diferentes momentos, por não se alimentar bem.
«Ele não bebia, nem comia. Dizia que durante toda a vida a mãe teve de o obrigar a comer. Ele não gostava de ingerir os alimentos. E os alimentos que comia, quando comia, eram, na maior parte das vezes, frango e arroz», explicou Murray.