Viola Davis dormia com trapos enrolados ao pescoço para não ser mordida por ratos.
"A única fotografia que tenho da minha infância é uma do infantário”, confessa na edição de Março da revista People.
A atriz de 51 anos, vencedora de um Óscar teve uma infância marcada pela pobreza extrema.
Descendente de escravos, Viola e os cinco irmãos viviam com os pais numa casa com apenas um quarto, na quinta que pertencia à sua avó. Mais tarde, mudaram-se para Rhode Island numa época que recorda como especialmente dura. Viveram numa casa em ruínas, passavam fome e a atriz era vítima de racismo e discriminação na escola.
“Sempre soube que era a mais pobre das pessoas que me rodeavam. O nosso ambiente e espaço físico refletiam o poder de aquisição da minha família. As tábuas faziam de paredes e a canalização era de fraca qualidade. Não tínhamos telefone nem comida e havia muitos ratos”, recorda.
Viola Davis diz que os ratos roíam a cara das suas bonecas e que tinha que dormir com trapos enrolados ao pescoço para evitar que os ratos a mordessem.
Condições de vida miseráveis mas que serviram de motivação para a atriz.
“Desde muito jovem que decidi que não queria esse tipo de vida. E ter vivido assim permite-me valorizar muito e apreciar o que tenho agora porque nunca antes o tive. Um jardim, uma casa, canalização em bom estado, um frigorífico cheio… isso que as pessoas dão sempre como certo, eu nunca o tive”, reconhece na mesma entrevista.
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