É o reverso da medalha, apresentado em forma de livro. A autobiografia de Ian Thorpe só será lançada no próximo mês, mas os primeiros excertos dão conta de momentos depressivos que o nadador australiano atravessou, e que o levaram mesmo a pensar no suicídio. O álcool apareceu também como refúgio.

«Era a única maneira de dormir. Não acontecia todas as noites, mas houve numerosas ocasiões, particularmente entre 2002 e 2004, enquanto treinava para defender os meus títulos olímpicos em Atenas, que abusei disso. Sempre sozinho, envolto em desgraça. Até pensei em locais específicos ou formas concretas de matar-me. Mas depois percebia como era ridículo. Podia ter-me suicidado? Olhando para trás, talvez não. Mas houve dias da minha vida que ainda hoje me dão arrepios», explicou o nadador.

Ian Thorpe escondeu os problemas de toda a gente. Dos treinadores, dos colegas, até dos pais. «Agora percebo que chegou a altura de ser aberto, e preciso falar com eles do assunto», acrescenta o nadador, no livro.

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