Gwyneth Platrow está na mira das mães trabalhadoras que se sentiram ofendidas com as suas declarações de que o trabalho de atriz era mais difícil do que os das mães que tinham um trabalho tradicional «de escritório» a full-time.

A reação na internet foi instantânea. As mães ficaram em polvorosa e a atriz foi acusada de estar completamente alheada da difícil realidade que encaram as mulheres com trabalhos ditos normais na conjugação com a educação e cuidado dos filhos.

«É diferente quando se tem um trabalho de escritório, porque é de rotina e pode fazer-se todas as coisas na parte da manhã e, em seguida, chega-se em casa à noite.[...] Acho que ter um trabalho regular e ser mãe não é tão difícil. É claro que existem desafios, mas não é como estar no set das filmagens», disse Paltrow em declarações ao canal E! lamentando-se por ter que trabalhar e ficar longe dos filhos.

A indignação das mulheres correu as redes sociais e vários artigos de opinião na imprensa internacional recordando a Gwyneth que os seus picos de horários intensos de trabalho se resumem a poucos meses do ano e que, além disso, o patamar dos seus rendimentos lhe permite, não só a contratação de pessoal e todo o tipo de serviços para ajudar no cuidado com os filhos, como depois, no tempo livre, possam realizar programas de férias, que as «mulheres trabalhadoras normais», com os seus parcos rendimentos, não têm possibilidade.

Neste sentido, o New York Post, por exemplo, publicou um texto intitulado «Carta aberta de uma mãe que trabalha para Gwyneth»: «Graças a Deus que eu não tenho de fazer um filme por ano e ganhar milhões. É o que eu digo quase todas as manhãs quando estou no metro prestes a começar o meu trajeto de 45 minutos até à cidade. Sempre que as coisas ficam difíceis».