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Nacional
Redação Lux em 11 de Novembro de 2019 às 11:46
Festival Caixa Fado junta público e cantores angolanos e portugueses
1/3 - Pérola - Festival Caixa Fado Angola Foto: DR
2/3 - Margarida de Melo e Cidália Moreira - Festival Caixa Fado Angola Foto: DR
3/3 - Luís Montez - Festival Caixa Fado Angola Foto: DR

O festival que une músicos angolanos e portugueses num só estilo, o fado, já está na sua quinta edição.

Este ano, o Festival Caixa Fado homenageou a fadista portuguesa Amália Rodrigues, figura incontornável do fado.

"É o reforço da nossa marca em junção do que é a cultura angolana no seu melhor. Este ano estamos a cantar amanhã Rodrigues porque este ano comemoram-se 20 anos da morte da Amália Rodrigues e durante este ano comemora-se o centenário de Amália Rodrigues ou seja Amália Rodrigues, que faria 100 anos. Sendo a fadista que levou o fado a património mundial, nada melhor que homenageá-la no Festival Caixa Fado”, explicou Ana Seabra, responsável pela organização do evento.

Entre a plateia não faltaram figuras conhecidas dos portugueses e angolanos, apreciadores e amantes de fado.

Este ano,  Pérola, Patrícia Faria e Paulo Flores foram os músicos angolanos escolhidos para interpretarem Amália Rodrigues no Festival Caixa Fado.

Na ocasião, a cantora Pérola, interpretou "Gaivota" de Amália Rodrigues, em dueto com a fadista Tânia.

“É a primeira vez a experimentar, a cantar e ter de fazer fado, explorar o repertório da Amália, saber o que é o fado... e ter que interpretar não foi fácil, Eu estava super hiper mega nervosa. É mais fácil fazer o meu estilo de música, o fado exige uma concentração muito forte, mais eu fiz o que pude”, afirmou. A cantora evidenciou considera a possibilidade de incluir o fado no seu repertório: “ Depois desta experiência já me posso ver a cantar fado. Esse estilo exige do artista e engrandece o nosso repertório. Agora já tenho conhecimento sobre o fado e vou estudar mais e mais”.

Patrícia Faria, com a sua voz forte e a sua performance inconfundível,  também teve a responsabilidade de e viver e interpretar Amália Rodrigues.

“Foi uma experiência única nunca antes vivida, é um momento indiscritível, muita emoção é muito sentimento, é um misto de emoções porque o fado, ou se canta ou não se canta, ou se sente ou não se sente, e hoje eu senti o fado”, frisou a cantora continuando - “ Fiquei muito feliz, surpreendeu-me o convite e fiquei felicíssima por cantar Amália Rodrigues. É difícil cantar Amália pois  tem uma técnica vocal que não é fácil de executar”.

Também a cantora prometeu dar os seus shows uma "pitada do fado.”

Pela primeira vez em Angola, a fadista Mel vibrou com a experiência.

“É a minha primeira fez em Angola é a minha estreia aqui no Festival Caixa Fado. O povo angolano é muito quente é muito caloroso.Como jovem, ter a oportunidade de cantar num evento como este é muito bom dá-me asas para voar. Desejo cá voltar,  a energia do povo angolano inspira-me a criar coisas novas”, declarou.

O conceituada músico angolano Paulo Flores não só cantou e interpretou Amália Rodrigues, como também compôs e cantou um fado de sua autoria que apresentou em primeira mão no festival.

“O fado é difícil, é outra linguagem, cantei um tema que eu é quem fiz. O fado  é uma forma de recordar quando eu era criança em Lisboa. Cantar Amália Rodrigues não é fácil, mais é prazeiroso”, afirmou o músico.

Marcos Rodrigues, cabeça de cartaz da quinta edição e que soma já cinco participações no festival, falou do orgulho em poder trazer a cultura portuguesa para os palcos angolanos:

“Deixa-me orgulhoso poder trazer a música portuguesa a África, e saber que é a quinta vez no festival deixa-me mais feliz. Eu gosto de todas as pessoas que já participaram neste festival, o Paulo Flores é uma grande referência, assim como Valdemar Bastos e o Bonga”, ressaltou o músico.
 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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