Cavaco Silva exigiu uma solução duradoura a Paulo Portas e Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro levou, esta quinta-feira, a garantia de que os dois partidos, PSD e CDS, chegaram a um acordo e estão dispostos a manter a coligação.
No entanto, a demissão de Paulo Portas na passada terça-feira continua a deixar tudo em aberto, uma vez que o Presidente da República quer que o CDS esteja representado no Governo ao mais alto nível.
À saída da audiência com Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho afirmou ir procurar «a melhor fórmula para a melhor solução para resolver a situação», deixando claro que a decisão final quanto à aceitação ou não da solução arranjada será sempre do Presidente da República.
«Compete ao Presidente pronunciar-se», afirmou o primeiro-ministro.
De acordo com o
Expresso, esta sexta-feira, Cavaco Silva já admitiu a hipótese de mudança de Governo.
«A reflexão sobre a questão do pós-troika é de grande importância para o nosso futuro coletivo, seja qual for o Governo que estiver em funções em junho de 2014», afirmou o Presidente da República, durante a abertura do encontro «Portugal no período pós troika», que reúne 36 economistas.
Segundo o chefe de Estado, as condições políticas são decisivas, podendo influenciar o programa de ajustamento, que se espera ter nota positiva.
«Se Portugal encerrar o atual programa de ajustamento com avaliação positiva das instituições internacionais isso implica a dependência dos mercados e dos investidores para as nossas necessidades de financiamento externo», acrescentou Cavaco Silva.