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. em 30 de Junho de 2025 às 12:58
A nova carta do Market Kitchen - o restaurante do W Algarve: conversa com o chef executivo Andrea Ciuccio
1/11 - Andrea Ciuccio Chef Executivo W Algarve - Market Kitchen Foto: Divulgação
2/11 - Tártaro de Novilho e Lombo de Black Angus - Market Kitchen Foto: Divulgação
3/11 - Salada de Polvo - Market Kitchen Foto: Divulgação
4/11 - Pastéis de Bacalhau - Market Kitchen Foto: Divulgação
5/11 - Magret de Pato - Market Kitchen Foto: Divulgação
6/11 - Lombo de Black Angus - Market Kitchen Foto: Divulgação
7/11 - Crudo de Robalo - Market Kitchen Foto: Divulgação
8/11 - Bacalhau Cremoso e Beringela Frita - Market Kitchen Foto: Divulgação
9/11 - Market Kitchen Foto: Divulgação
10/11 - Entradas e Saladas - Market Kitchen Foto: Divulgação
11/11 - Desejo obscuro - Market Kitchen Foto: Divulgação

O restaurante Market Kitchen, localizado no W Algarve, apresenta uma nova carta que reflete o equilíbrio entre tradição portuguesa e gastronomia internacional, sob a liderança do chef executivo Andrea Ciuccio. A nova proposta aposta na frescura, na sustentabilidade e na valorização dos produtos locais, alinhando-se com a identidade do restaurante e da marca W Hotels.

Aberto ao público para almoços e jantares, o Market Kitchen introduz uma seleção de entradas inspiradas em receitas tradicionais, reinterpretadas com técnicas modernas. Entre os destaques estão o pastel de bacalhau com molho de queijo São Jorge e a Salada de Caranguejo, feita com caranguejo real, batata, cenoura, alho-francês, ovos e maionese. “Quisemos manter o respeito pela tradição portuguesa, mas trazendo técnicas modernas e uma abordagem criativa à apresentação e aos sabores”, afirma o chef Andrea Ciuccio.

O novo menu dá também destaque às saladas, com propostas como a Salada de Polvo, que inclui tomate, pimentos e salpicón de azeitonas, e a Salada de Tomate, composta por confit de tomate, crumble de amêndoa, anchovas e queijo Stracciatella de búfala.

Nos pratos principais, a carta oferece uma seleção variada que abrange carne, peixe e opções vegetarianas. Entre as novidades estão o Magret de Pato com cenouras e demi-glace de vinho do Porto, o Lombo de Black Angus com puré cremoso de batata e endívia assada, e o Bacalhau Cremoso com ovo escalfado e tupinambor. Para os que preferem uma opção vegetariana, destaca-se a Beringela frita com pesto de manjericão, tomate confitado e queijo de São Jorge fumado.

A secção de sobremesas apresenta combinações criativas com ingredientes regionais. A Avelã, com mousse de chocolate de leite, caramelo salgado e pão de ló de avelã, a Framboesa Algarvia, com mousse de pistácio e gel de framboesa, e o “Não é um bolo de cenoura”, com pão de ló de cenoura, laranja do Algarve e mousse de queijo-creme, são algumas das propostas que compõem a nova carta.

“A cozinha é um lugar de partilha, e queremos que cada prato conte uma história, seja ela portuguesa, internacional ou pessoal”, sublinha Ciuccio. “Estou muito entusiasmado com o lançamento desta carta. Este é o primeiro projeto que tive a oportunidade de criar de raiz no W Algarve e acho que diz muito tanto da minha forma de cozinhar, como da essência do restaurante.”

Falamos com Andrea Ciuccio, o novo Chef Executivo do W Algarve. Vindo diretamente do W Barcelona com mais de uma década de experiências culinárias em Sydney, Ilhas Cayman e Barcelona, o Chef napolitano abraça agora um novo desafio, em mais um espaço do grupo hoteleiro. Natural de Nápoles, em Itália, Andrea Ciuccio é o novo Chef Executivo que chegou ao W Algarve no início do mês de janeiro.

A sua carreira começou em Sydney, no Manta Restaurant & Bar. Cerca de dois anos depois, mudou-se para Barcelona, onde aceitou desafios em espaços de renome, tais como o Monvinic ou mesmo o Alkimia, com 1 Estrela Michelin. Mais tarde, rumou até às Ilhas Cayman para trabalhar como Senior Sous Chef, na Grand Old House. Um ano depois, regressou a Barcelona para ser consultor e Sous Chef do W Barcelona. A partir desse momento, não quis deixar o grupo hoteleiro, nem a proximidade com o mar. Por isso, rumou até ao Algarve para dar a conhecer a sua criatividade e autenticidade.

Para começar, o que o motivou a aceitar o desafio de liderar a cozinha do W Algarve?  A riqueza gastronómica e paisagística do Algarve sempre me fascinaram e despertaram a minha curiosidade e vontade de criar novas combinações. Além disso, tenho-me sentido muito realizado e feliz a trabalhar no universo W, uma marca que sempre me acolheu bem e onde me via a trabalhar por mais tempo. Por isso, este convite para ser o Chef Executivo do W Algarve foi uma junção do melhor de dois mundos: o entusiasmo e o lado desafiante de descobrir uma nova cultura e produtos, e o conforto de continuar a fazer parte de um grupo onde me sinto em casa. Assim, foi uma oportunidade impossível de recusar

A sua carreira levou-o por cidades tão distintas como Sydney, Barcelona e até as Ilhas Caimão. De que forma essas experiências influenciaram a sua abordagem na cozinha? A minha carreira levou-me a sítios muito diferentes, como Sydney, Barcelona e as Ilhas Caimão. Cada uma destas experiências moldou a minha perspetiva sobre a cozinha de uma forma única. Mais do que influenciar as minhas técnicas, alargaram a minha compreensão do que a comida representa em diferentes culturas.

Hoje em dia, conseguimos aprender métodos de cozinha chinesa numa ilha europeia ou ficar a conhecer sabores mediterrânicos no Médio Oriente. A globalização tornou o conhecimento culinário muito mais acessível. Assim, em vez de ser necessário viajar para longe para aprender algo novo, passei a ver a cozinha como uma conversa global, em que as tradições e as técnicas podem ser partilhadas, adaptadas e reinterpretadas em qualquer lugar. Esta disponibilidade e curiosidade guiam tudo o que faço na cozinha.

Como descreveria o seu estilo culinário? Existe algum ingrediente ou técnica que considere a sua assinatura? Eu descreveria o meu estilo culinário como “cozinha da memória”. Os meus pratos são construídos em torno de combinações de sabores que me remetem para momentos específicos, quer se trate de uma refeição de infância, de um encontro ou local que me tenha marcado. O meu estilo é simultaneamente refinado e direto, com foco na sazonalidade, sabores simples e técnicas precisas. Recorro a diferentes tradições culinárias, mas adapto-as sempre à minha própria lógica na cozinha, com o objetivo de criar pratos que sejam ponderados e acessíveis. Dois ingredientes que utilizo frequentemente são o limão e o ovo, pois são versáteis e podem realçar um prato sem o sobrecarrega

Quais são os principais desafios de assumir a liderança de uma cozinha num hotel deste calibre? Assumir a liderança da cozinha de um hotel como o W Algarve é um enorme privilégio, mas também um grande desafio. Estamos a falar de um país com uma identidade muito forte, onde os hóspedes vêm à procura não só de conforto, mas também de gastronomia. Isso exige consistência, criatividade e muita atenção ao detalhe.

Um dos maiores desafios é manter uma equipa motivada, alinhada e com um nível técnico elevado, sobretudo quando estamos a operar várias frentes ao mesmo tempo: desde o pequeno-almoço até aos eventos especiais, passando pelos vários restaurantes. A logística, a gestão de recursos e a adaptação constante à sazonalidade e às expectativas de um público internacional são exigentes. Mas é precisamente isso que nos motiva no W Algarve: transformar essa complexidade em algo harmonioso, onde cada prato reflete paixão, organização e identidade.

Que tipo de experiência quer proporcionar aos hóspedes que escolhem jantar no W Algarve? Quero que cada jantar no W Algarve seja mais do que uma refeição — que seja uma memória. O meu objetivo é criar uma experiência sensorial completa, onde o sabor, a apresentação, o ambiente e até a música se combinam para contar uma história. Gosto de surpreender, mas sem perder a ligação à autenticidade: há sempre um elemento emocional, uma ligação à terra e ao mar do Algarve, e um toque da minha herança mediterrânea.

Trabalhamos com produtos locais e sazonais sempre que possível, respeitando o ritmo da natureza e dos produtores à nossa volta. Quero que os hóspedes sintam que estão a saborear algo verdadeiramente especial, que não encontrariam em mais lado nenhum. No fundo, é uma cozinha que desperta emoções.

Qualquer reserva no Market Kitchen pode ser feita através do link: https://fp.sevenrooms.com/reservations/marketkitchenfaowh; ou ao entrar em contacto com o restaurante através do +351 289 372 300.

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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