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Moda e Beleza
Irene Pinheiro em 13 de Março de 2010 às 13:10
ModaLisboa - 2º Dia: a excentricidade minimalista de Buchinho e a poesia geométrica de Xiomara
Luís Buchinho foi o criador que abriu os desfiles do segundo dia da 34ª edição do ModaLisboa.

Depois de apresentadas as propostas em Paris, foi a vez de Lisboa conhecer os modelos do designer para o próximo Outono/Inverno.

A assinalar os 20 anos de carreira, as propostas do criador para a estação fria são uma primeira forma de assinalar o aniversário. No entanto é apenas o primeiro acto de uma celebração que terá continuidade em vários eventos organizados ao longo deste ano.

Buchinho apresentou, pela primeira vez, o lançamento de uma linha completa de acessórios composta por sapatos, malas, cintos e pulseiras. As botas extravagantes deram nas vistas.

O designer de moda apresentou uma colecção feita de uma mistura de inspirações: o look excêntrico dos anos 70 revistos pelo rigor minimalista dos anos 90.

A silhueta da mulher de Buchinho para o próximo Inverno é longa e estreita. Os cintos ajudam a realçar a cintura feminina.

As calças sino, os vestidos drapeados e os casacos sem mangas são algumas das peças chave da colecção do estilista que elegeu o falso preto como tom dominante.

Destaque para os modelos pouco discretos de algumas botas. Algumas parecem ter uma espécie de barbatanas dorsais, como que a quererem nadar em plena passerelle.

A poesia tomou conta da passerelle durante o desfile de Katty Xiomara que conseguiu casa cheia.

Ao contrário do habitual as imagens projectas da parede não foram as do desfile mas sim as figuras geométricas que compõem o «Tangram», um quebra-cabeças oriental e afinal a fonte de inspiração da nova colecção da estilista.

Este quebra-cabeças chinês é constituído por sete peças e é bastante utilizado no sistema pedagógico das crianças. Sete figuras geométricas que conseguem formar uma infinidade de padrões.

A modelo Flor foi a primeira a surgir na passerelle com uma espécie de quimono dando assim o mote a uma colecção onde tudo parece surgir de forma mais matemática e estruturada.

Os vestidos curtos estampados, com figuras geométricas, invadiram a passerelle onde o preto espacial constitui a base do trabalho iluminado por tons torrados de amêndoa, malva e amarelo.

Os casacos e capas pareciam vindos do Oriente ajudando a transmitir alguma poesia aos vestidos conseguidos à custa de vários tecidos.

Destaque para os sapatos em castanho e amarelo com toque abotinado sobre salto alto, com ligeiras aplicações em seda.

Katty Xiomara surgiu na passerelle para agradecer os aplausos da plateia. Ela que está de partida para o Japão, a única presença portuguesa a participar numa feira de tendências.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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