A coleção «Salvé a Cor», de Dino Alves, apresentada numa passerelle onde todos os que assistiam trajavam preto dos pés à cabeça a pedido do criador, encerrou na sexta-feira no Pátio da Galé o primeiro dia da 44.ª edição da ModaLisboa.
A organização avisou que o desfile de Dino Alves teria
dress code
: preto integral. Por isso, todas as pessoas – convidados,
staff
e jornalistas – que não vestissem preto dos pés à cabeça não poderiam estar dentro da sala quando a apresentação da coleção começasse.
Houve quem entrasse vestido de preto, mas calçado de outra cor. A esses foi pedido que se descalçassem antes de o desfile arrancar.
Com mais de hora e meia de atraso, estava previsto para as 22:00, o desfile começou, com preto integral na plateia e na passerelle.
Manequins - eles e elas - com calças, calções, saias, vestidos, camisas,
t-shirts
, casacos, botas, sapatos e chapéus, tudo em preto. As outras cores foram surgindo ao longo do desfile: rosa, azul, amarelo, verde, lilás e beringela.
Para criar «Salvé a Cor», Dino Alves inspirou-se «na imagem de um povo vestido de negro», cor «imposta pela resignação, pelo julgamento popular e sobretudo pela moral católica, algumas vezes hipócrita».
Os desfiles arrancaram pelas 19:30 de sexta-feira, deveria ter sido às 18:00, também no Pátio da Galé, com o Sangue Novo, no qual participaram 12 jovens (quatro deles em dupla) - Inês Duvale, Cristina Real, Banda (Tiago Loureiro e Aloísio Rodrigues), Duarte (Ana Duarte), Patrick de Pádua, David Catalán, M HKA (Alexandre Pereira e Felícia Macedo), Patrícia da Costa, Tânia Fonseca e Ruben Damásio.
A ModaLisboa continua até domingo.