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Ana Biscaia vence Prémio Nacional de Ilustração
Redação Lux em 3 de Julho de 2013 às 19:00
A ilustradora Ana Biscaia venceu o Prémio Nacional de Ilustração pelo seu trabalho no livro «A cadeira que queria ser sofá», com texto de Clovis Levi, anunciou esta quarta-feira a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

O júri do prémio decidiu atribuir duas menções especiais às ilustrações da obra «Mário de Sá-Carneiro: Antologia poética», da autoria de Tiago Manuel, e às da obra «Mar», da autoria de André Letria, com texto de Ricardo Henriques.

Em comunicado a DGLAB afirma que o Prémio Nacional foi decidido por «unanimidade», tendo concorrido a esta 17.ª edição 78 obras, publicadas no ano passado por 45 editoras, da autoria de 63 ilustradores e textos de 66 autores.

O Prémio Nacional de Ilustração tem o valor pecuniário de 5.000 euros, acrescido de uma comparticipação de 1.500 euros destinada a apoiar uma deslocação à Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha.

As menções especiais, no valor de 1.500 euros cada, são expressamente destinadas a comparticipar deslocações à Feira de Bolonha.

O júri foi constituído por Adriana Baptista, docente da Escola Superior de Educação do Porto e investigadora nas áreas de processamento de textos híbridos (imagem e texto) e compreensão na leitura; Manuel San Payo, docente da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, artista plástico e ilustrador, e Cristina Grácio, em representação da DGLAB.

O júri entendeu «sublinhar a significativa qualidade da ilustração da maioria das obras a concurso» e destacar, além das galardoadas, o livro «O quebra-cabeças», da autoria de Mariana Rio com texto de Helena Carvalho.

«Enquanto percurso lúdico, a obra povoa as páginas ladrilhadas de carimbos zoomórficos, que nos olham e se olham, relacionando-se com a cor e com as ações que praticam num desafio de trucagem», justifica o júri.

Relativamente, à obra vencedora, «A cadeira que queria ser sofá», editada pela Lápis de Memória, o júri considerou que «o texto assume-se como ilustração, produzindo, em certas páginas, um corpo plasticamente orgânico e coerente».

«As qualidades pictóricas desta obra utilizam o livro, enquanto objeto e formato, transgredindo os alinhamentos habitualmente impostos pela composição e paginação gráfica e tipográfica», salienta ainda o júri.

Quanto a «Mário de Sá-Carneiro - antologia poética», obra publicada pela Faktoria K de Livros Kalandraka, refere o júri que «a ilustração de Tiago Manuel partilha a poética de Mário de Sá-Carneiro, assumindo as dúvidas e anseios do poeta e desmultiplicando-se em alegorias sombrias onde o traço sólido contorna, como um grito, grades, caveiras e sombras até cair num universo de memórias sem fundo».

A outra menção especial, «Mar», da autoria de André Letria, com texto de Ricardo Henriques, obra publicada pela Pato Lógico edições, realçam os jurados que André Letria aceitou «o desafio» de ilustrar os textos informativo e de instruções «de um modo poético e original com unidade e coerência gráficas».

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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