Aquilo que era para ser umas simples e divertidas férias à neve, nos Alpes Franceses e na companhia de amigos, terminou de forma inesperada. Ao chegar a Portugal e depois de ter tido a informação de que um dos elementos do grupo estava infetado com o novo coronavírus, Sofia Jardim tratou de imediato de fazer o teste à Covid-19. E o resultado foi positivo.
“Voltámos de viagem no dia 29 de fevereiro.Um dos elementos do grupo ficou com uma pneumonia, fez o teste e deu positivo. Começámos todos, então, a fazer o teste e o meu deu positivo. Na altura já estava em casa, porque as minhas filhas já não tinham escola, e já não saí mais”, contou à Lux a relações-públicas, que, neste momento, se encontra de quarentena com as duas filhas, Luz, de 8 anos, que esteve de férias com a mãe, e Leonor, de 10, que, apesar de não ter estado na viagem, acabou por estar na mesma casa já com a mãe infetada.
“Elas não fizeram o teste, porque estiveram as duas comigo, portanto, era natural que pudesse ter havido contágio. O que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) sugeriu foi que ficassem as duas comigo em casa. O SNS tem acompanhado muito bem o caso, tem ligado todos os dias e dado todas as recomendações, e o que me aconselharam foi a ficar em casa, porque, claramente, elas também devem ter sido infetadas.” No entanto, Sofia Jardim garante que tanto ela como as crianças estão bem de saúde e não sentem sintomas absolutamente nenhuns.
“Estou bem, sinto-me bem. Não tenho sintomas, a única coisa que tive até agora foi aquilo a que habitualmente chamo de sinusite alérgica e que, entretanto, passou. Não tive mais do que isso. E as minhas filhas tiveram apenas uma dor de cabeça, que passou no dia seguinte com paracetamol.”
Apesar de se sentirem bem fisicamente, a parte psicológica é mais difícil de ultrapassar.
“É todo um processo novo e uma aprendizagem para a nossa sociedade, aprender a parar. É também nestas alturas que ficamos a conhecer bem as pessoas, já tive algumas surpresas negativas e outras bastante positivas. Termos sido dos primeiros casos de infetados fez com que a pressão social fosse um bocadinho grande. Fizemos tudo o que o SNS mandou, obviamente que tenho preocupação com os mais velhos, com os grupos de risco e não quero prejudicar ninguém, mas como é uma coisa nova é normal que as pessoas tenham medo e que reajam de forma um pouco irracional e com alguns comportamentos menos simpáticos. Porém, nós não sabíamos, na altura, França não era um país de risco”, desabafou Sofia, que revela ter recebido mensagens pouco amigáveis.
No entanto, a relações-públicas quer aproveitar esta pausa para passar tempo de qualidade com a família. “É tirar o melhor partido do tempo que temos para estar juntas. Temos feito as tarefas domésticas, que nunca fazíamos em conjunto. Tem sido uma aprendizagem. Agora tenho todo o tempo do mundo para estar com elas, acho que até já estamos mais cúmplices”, garante Sofia.
A primeira semana foi de adaptação a esta nova realidade, mas esta semana já vai ser diferente: “A Luz e a Leonor começam com a escola online e eu em teletrabalho. Nos tempos livres, vou tentar aprender piano, através de aulas online, que era algo que queria muito.