Um artesão da Figueira da Foz, antigo trabalhador da construção civil, constrói minuciosas replicas à escala de monumentos e edifícios emblemáticos da cidade, cumprindo, apesar de reformado, um horário de trabalho diário.
Manuel Silvestre, 82 anos, ladrilhador reformado, deixou a profissão mas não deixou de trabalhar, cumprindo na sua pequena oficina um horário que chega às 12 horas diárias, para dar dá corpo a reproduções de edifícios como a Câmara Municipal, a ponte da Figueira da Foz, a Casa do Paço ou o Castelo Engenheiro Silva, entre outros.
«Venho para aqui todos os dias, sábados, domingos, feriados. Não tenho feriados, o patrão não me paga os feriados», brinca, em declarações à agência Lusa.
O senhor Sintra, como é conhecido - foi buscar a alcunha ao concelho onde nasceu - radicou-se na Figueira da Foz há 48 anos e, nos últimos três dedicou-se às réplicas de edifícios, depois de aceder a um pedido de uma neta para que construísse, em madeira, a casa do Noddy, um personagem de desenhos animados.
Daí evoluiu para monumentos da cidade e confessa que se entusiasmou: leva já oito reproduções realizadas, a maioria de dimensão apreciável, construídas a partir de materiais reciclados de obras, de plásticos a bocados de madeira e cartão.